A Polícia Federal cumpre na manhã desta quarta-feira, 6, pelo menos 3 mandados de prisão, sendo 1 prisão preventiva e 2 prisões temporárias em Palmas.
Os presos são Franklin Douglas Alves Lemes, dono de uma rede de gráficas no Tocantins; Alex Câmara, empresário do ramo de comunicação; e Carlos Gomes Cavalcante Mundim, que ocupava cargo de chefia em superintendência de licitação no governo de Marcelo Miranda (MDB).
A operação tem como objetivo desarticular uma organização criminosa que envolve pessoas influentes no meio político no Tocantins “com poderes suficientes para aparelhar o estado, mediante a ocupação de cargos comissionados estratégicos para a atuação da organização criminosa, e desviar recursos públicos”, informou a PF.
A organização criminosa envolve também empresários do ramo gráfico. Segundo a Polícia Federal, ainda não é possível estimar os prejuízos causados pela ação criminosa, mas o grupo teria movimentado dezenas de milhões de reais de maneira ilegal.
O grupo é investigado por suspeita de manter um sofisticado esquema para a prática constante e reiterada de atos de corrupção, peculato, fraudes em licitações, desvios de recursos e lavagem de capitais, sempre com o objetivo de acumulação criminosa de riquezas em detrimento aos cofres públicos, além de atos de intimidação, inclusive, contra profissionais da imprensa.
Além dos 3 mandados de prisão, a PF também cumpre 10 mandados de busca e apreensão. Cerca de 50 agentes estão envolvidos na operação batizada de Replicantes, em referência ao ramo de atuação do grupo empresarial e a postura de enfrentamento da organização criminosa.