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Educação

Foto: Divulgação

Ao longo desta semana, as unidades de ensino da rede estadual mobilizam seus alunos em ações alusivas ao Dia Nacional da Consciência Negra, cuja  data é comemorada no dia 20 de novembro, desde 2003. A data é comemorada nas unidades de ensino com seminários, palestras, momentos artísticos e culturais, que visam reforçar a importância da trajetória da população negra, assim como o combate ao racismo.

O 20 de novembro marca a morte de Zumbi, em 1695. Zumbi foi líder do Quilombo de Palmares, que lutou para preservar o modo de vida dos africanos escravizados que conseguiam fugir da escravidão. A passagem da data é um reforço ao reconhecimento dos descendentes africanos na constituição e na construção da sociedade brasileira.

Paranã

Entre os principais temas abordados pelas escolas estão: o racismo, a discriminação, a desigualdade social, a inclusão do negro na sociedade, a religião e cultura afro-brasileiras, dentre outros. Em Paranã, o Colégio Desembargador Virgílio de Melo Franco realizou palestra com o professor da Universidade Federal do Tocantins, Thiago Franco Rodrigues Cassiano, no dia 18, sobre consciência negra.

No dia 19, os professores dedicaram primeira aula para falar sobre valorização da identidade negra e aprimorar as apresentações que serão realizadas nesta quarta-feira, 20, às 19h30,  na Feira Coberta, em frente à Praça das Mangueira. Na ocasião, serão realizadas apresentações de desfiles, de capoeira, maculelê, sucia, samba, axé, frevo e declamação de poemas.

Porto Nacional

O Colégio Sagrado Coração de Jesus, de Porto Nacional, recebeu na terça-feira, 19, representantes da comunidade Quilombola Malhadinha, que apresentaram aos estudantes relatos sobre os costumes da comunidade e sobre sua cultura. Além disso, foram realizadas palestras, recital de poesias e apresentações de súcia, com a participação da comunidade. 

A estudante Mariana Barros Costa, do 2º ano,comentou as atividades realizadas na unidade de ensino. “Achei muito interessante as palestras, e as apresentações foram bem animadas. Também achei legal os relatos da comunidade sobre o que eles fazem no dia a dia deles. Além disso, podemos ver a importância da contribuição do negro na cultura e na formação do povo brasileiro”.

Palmas

Em Palmas, entre as unidades de ensino que contaram com atividades relacionadas às comemorações do Dia Nacional da Consciência Negra estão a Escola Estadual Setor Sul, que desenvolveu durante esta semana uma programação com apresentações de danças, músicas e a exibição de filmes ligados à temática.       

A Escola Estadual Liberdade optou por realizar atividades artistas e culturais que valorizam a cultura da população negra. “Todos os dias, nós temos que valorizar o ser humano. A inserção do negro na sociedade e no dia a dia, no respeito ao nosso próximo, e hoje é um dia para avaliarmos como temos construído esses espaços para reflexão”, ressaltou a coordenadora da área de humanas da unidade de ensino, Ana Beatriz Carvalho Baiocchi. 

A unidade de ensino também montou uma sala de intervenções, com imagens e frases que revelam faces do racismo no Brasil. A estudante Júlia Sterffanny da Silva, do 9º ano, destacou o trabalho de organização das atividades. “Ainda em outubro escolhemos as danças que iríamos realizar, e a sala de intervenção foi planejada para nos fazer pensar”, ressaltou.

Na Escola Estadual de Tempo Integral Professora Elizângela Glória Cardoso aconteceu nesta quarta-feira, 20, a culminância do projeto Resistência Negra, com apresentações musicais, palestras sobre a história da escravidão no Brasil e sobre a resistência negra. Ocorreram jogos de capoeira, monólogo sobre os direitos humanos, desfile e apresentação de break e ginga.

O coordenador da área de linguagem da unidade de ensino, Ednei José de Jesus Oliveira, destacou que a atividade tem como objetivo desenvolver no estudante a sensibilidade a respeito do processo discriminatório existente para com o negro, em prol de uma luta contra a discriminação. “Queremos reavivar a história de luta e demonstrar que no mundo contemporâneo as pessoas negras não possuem os mesmos direitos ainda", explicou.