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Polí­cia

Foto: Emanuela Medina

Foto: Emanuela Medina

A Polícia Civil do Tocantins deflagrou nesta quarta-feira, 27, Dia de Mobilização Nacional para Cumprimento de Mandados de Busca e Apreensão e de Prisão, a Operação Nacional Marias, que visa o combate a crimes de violência doméstica contra mulheres e grupo de vulneráveis. Doze pessoas já foram presas, sendo oito delas no interior do Estado e quatro em Palmas. No total espera-se cumprir em 89 mandados prisão preventiva e em flagrante delito. 

A Operação é resultado do I Fórum Permanente de Enfrentamento à Violência Contra a Mulher (CONCPC), realizado no final do mês de outubro em Brasília (DF). Durante o fórum ficou definida a realização da operação, quando os Estados realizariam uma força-tarefa para dar cumprimento a mandados judiciais, verificar medidas protetivas de urgência e denúncias referentes a crimes de violência doméstica e familiar contra mulheres.

Em entrevista coletiva nesta quarta-feira, a delegada-geral da Polícia Civil, Raimunda Bezerra, destacou a ação como forma de reduzir os índices de feminicídios e de prevenção à violência contra a mulher no Tocantins. "A grande maioria das mulheres que denunciaram e tiveram medidas protetivas expedidas não morreu. A denúncia ainda é o melhor caminho, precisamos ajudar que as mulheres cada vez mais tenham coragem para sair da situação de violência. Requeiram medidas de proteção de urgência. Essas ações são efetivas para salvaguardar a vida das mulheres”, ressaltou a delegada-geral.

A coordenadora da Operação Marias no Tocantins, delegada titular da Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), Ana Carolina Marinho Braga, enfatizou que a operação iniciada hoje prosseguirá nos próximos 10 dias. Segundo ela, os policiais continuarão em busca do cumprimento de todos os mandados judiciais. “Estamos com ações repreensivas e preventivas cumprido os mandados expedidos, as fiscalizações das medidas protetivas de urgência e verificação das denúncias. E se necessário iremos estender até que todos os mandados sejam cumpridos”. 

Estão mobilizados mais de 100 policiais civis das 12 Delegacias da Mulher do Estado. As prisões são motivadas por crimes como violência sexual, estupro de vulnerável, ameaça, descumprimento de medida protetiva e posse irregular de arma de fogo.

As ações estão acontecendo em Palmas e nos municípios que compõem as regionais de Araguatins, Araguaína, Colinas do Tocantins, Guaraí, Paraíso do Tocantins, Porto Nacional, Gurupi e Dianópolis. O nome da operação “faz referência, homenagem, à Maria da Penha que é o ícone da violência doméstica”. (Ascom SSP)