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Polí­tica

Foto: Aline Batista

Foto: Aline Batista

O presidente da Câmara Municipal de Palmas, Marilon Barbosa (PSB) perdeu a paciência com os servidores efetivos que fizeram um protesto durante a sessão de abertura do ano legislativo nesta quarta-feira, 5. No plenário os servidores em coro interromperam o discurso de Barbosa gritando palavras de ordem contra o possível corte do auxílio-alimentação que pode ocorrer na gestão de Marilon.

O presidente não gostou, interrompeu os agradecimentos que fazia e partiu para o confronto. “Primeiramente eu quero falar para os efetivos que até agora não houve nenhuma perda. Não posso admitir que os funcionários dessa casa confrontem dessa forma, e eu vou agir conforme a lei”, disse.

Não é conquista

Segundo Marilon, o auxílio-alimentação dos servidores efetivos da Câmara não é uma conquista da categoria, mas um benefício que foi concedido em gestões anteriores. “Auxílio-alimentação não tem conquista. Foi ainda exercido no mandato do vereador Folha (então presidente da Casa, José do Lago Folha Filho (PSD)), e se for preciso cortar, nós vamos cortar. Eu não admito que um servidor público venha a esta Casa de Leis num momento como este confrontar os vereadores”, disse o presidente que ainda da tribuna retrucou os questionamentos dos servidores indagando: “Auxílio-alimentação é direito, trabalhando 6 horas por dia? Tá escrito isso onde?”, questionou.

O presidente só se conteve ao ser aconselhado pelo colega Jucelino Rodrigues (PTC) que lhe sussurrou algo discretamente ao ouvido. Marilon então retomou o discurso oficial, mas não deixou se defender contra os ataques.

Orçamento

O corte do auxílio-alimentação de R$ 900 dos servidores da Casa tem sido cogitado pela presidência por incompatibilidade com o orçamento. Segundo o presidente, o orçamento da Câmara é de cerca de R$ 39 milhões, com uma folha de pagamento de R$ 35 milhões. “Ninguém faz milagre. A Câmara não tem receita”, disse Marilon.

Mudança

O possível corte do auxílio-alimentação dos servidores efetivos da Câmara de Palmas ocorre em um momento em que o Legislativo Municipal está de mudança para um novo prédio na região central de Palmas, com aluguel mensal de R$ 95 mil. A mudança deve ocorrer ainda em fevereiro.