A Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Tocantins (Adapec), publicou na tarde desta segunda-feira, 17, uma Nota Técnica para informar sobre o surgimento de um foco de Mormo, no município de Formoso do Araguaia e as providências que estão sendo adotadas pela Agência.
De acordo com a Nota Técnica, no dia 14 de fevereiro de 2020, no município de Formoso do Araguaia, foi confirmado um caso positivo de Mormo pelo método Western Blotting, que é a prova complementar confirmatória preconizada pelo Mapa. Desde a confirmação do primeiro foco, em junho de 2015, ocorreram 36 casos positivos da doença, sendo que o ultimo foco saneado da doença ocorreu em 22 de novembro de 2017. A partir desta data não havia ocorrido mais nenhum caso da doença no estado até o momento atual. A Adapec vem tomando todas as medidas sanitárias cabíveis de acordo as legislações vigentes, com o objetivo de controlar, prevenir e impedir a disseminação da enfermidade.
“Informamos que esta propriedade encontra-se interditada e sob vigilância do Serviço Veterinário Oficial desde o momento da notificação à Delegacia Regional de Formoso do Araguaia, estando proibido o ingresso e egresso de equídeos, até que se encerrem os procedimentos de saneamento. Estamos investigando também as propriedades limítrofes ao foco, para identificar possíveis vínculos epidemiológicos, e mitigar qualquer possibilidade de disseminação do agente,” pontua a Nota.
Os procedimentos estão sendo executados em conformidade com o preconizado pela legislação brasileira, em especial a Instrução Normativa MAPA n° 06, de 16 de janeiro de 2018, a Portaria Adapec n° 254, de 15 de julho de 2016, assim como pelo dispositivo de padronização para ações instituídas pela Adapec, POP - Procedimentos Operacional Padrão - para atuação nos focos de Mormo.
Mormo
O Mormo é uma doença infectocontagiosa causada pela bactéria Burkholderia mallei que acomete principalmente os equídeos (asininos, equínos e muares). Nos equídeos, os principais sintomas são nódulos nas narinas, nos pulmões e nos gânglios linfáticos, corrimento purulento, pneumonia, febre e emagrecimento. Existe ainda a forma assintomática na qual os animais não apresentam sintomas, mas possuem a enfermidade, sendo uma importante fonte de infecção para animais sadios e humanos. Não existe vacina e nem tratamento, o único método preconizado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) é a eutanásia dos animais positivos, conforme Instrução Normativa/Mapa Nº 06, de 16 de janeiro de 2018.
O Mormo está presente na Lista de Doenças de Notificação Obrigatória ao Serviço Veterinário Oficial da Instrução Normativa/MAPA nº 50, de 24 de setembro de 2013. Toda suspeita de Mormo deve ser notificada imediatamente à ADAPEC para que sejam adotadas as medidas sanitárias pertinentes.