A BRK Ambiental, em parceria com o Instituto Trata Brasil e apoio do Pacto Global, realizou a pesquisa "Mulheres e Saneamento". O estudo mostra que 15,2 milhões de mulheres (cerca de 14,3% da população) declararam não receber água tratada em suas moradias. Isso constituiu um déficit de serviços de saneamento que é elevado nas regiões Norte (39,3% da população) e Nordeste (20,0% da população).
Na região Norte, há estados com déficits de acesso à água tratada baixos, como foram os casos de Roraima (11,5% da população), Tocantins (12,9% da população) e Amazonas (25,4% da população), e há aqueles com déficits elevados – Rondônia (55,9% da população), Pará (47,6% da população), Acre (46,4% da população) e Amapá (41,4% da população).
O estudo aborda como a carência de saneamento afeta diretamente a vida das mulheres no que diz respeito à forma como elas organizam o seu tempo entre as atividades e como a falta de acesso ao saneamento limita seu potencial de renda na economia. Os déficits são mais elevados no Maranhão e Alagoas, onde respectivamente 32,1% e 25,2% das populações femininas residem em domicílios sem acesso ao sistema de distribuição de água tratada.
Realidade no Tocantins
O Tocantins vive uma realidade diferente, porque o saneamento no Estado possui bons números. A BRK Ambiental, concessionária responsável pelos serviços em 47 municípios já universalizou os serviços de água e coleta e tratamento de esgoto na capital Palmas, com investimentos de mais de R$ 300 milhões de reais. Essa é a única capital da região Norte do Brasil que possui o saneamento universalizado, contribuindo para a qualidade de vida da mulher.
A engenheira da concessionária, Sandra Leal, explica que a empresa agora pretende seguir investindo R$ 1 bilhão no Estado. "Estamos rumo à universalização do saneamento em mais municípios tocantinenses de pequeno, médio e grande portes, para combater a realidade que as mulheres vivenciam pela falta dos serviços", explica Sandra. A carência de saneamento básico limita o bem-estar das mulheres, comprometendo sua saúde, sua educação e suas atividades domésticas e econômicas.
O acesso à água tratada e ao serviço de esgotamento sanitário são direitos humanos reconhecidos há anos pelas Nações Unidas. Recentemente, esse assunto ganhou peso quando foi focada a questão da igualdade de gênero ao tema do saneamento. As Nações Unidas, emitiu um relatório que ressalta o fato de que as mulheres possuem maior contato físico com a água contaminada e com dejetos humanos quando a infraestrutura de saneamento é inadequada.
No estudo são apresentadas as estimativas de horas das mulheres brasileiras que são desperdiçadas em razão das doenças gastrointestinais e, no caso das mulheres ocupadas em atividades econômicas, a renda que elas deixaram de auferir em razão das doenças associadas à falta de saneamento. Para conferir a pesquisa completa visite o site www.mulheresesaneamento.com.