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Campo

Foto: Divulgação

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Em tempos de cuidados e prevenção da Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus Sars-Cov-2, quando a população está isolada em casa, comércio fechado e feiras livres suspensas, produtores da agricultura familiar, assistidos pelo Governo do Estado, por meio do Instituto de Desenvolvimento Rural do Tocantins (Ruraltins), adotam sistema delivery, como estratégia para manter a produção e a geração de renda.

No município de Guaraí, a 188 km de Palmas, o escritório local do Ruraltins, incentiva a prática com a campanha “Receba a feira em casa”, realizada em redes sociais e grupos de WhatsApp. De acordo com Josenilda Guimarães Lopes, engenheira de alimentos e extensionista rural, idealizadora da iniciativa, juntamente com Enza Rafaela Peixoto, assistente social e extensionista, além do incentivo às vendas, os agricultores recebem ainda orientações sobre o uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), para evitar contágios de agentes biológicos, visando à preservação da saúde.

“Diante dessa pandemia resolvemos desenvolver essa campanha, que é uma estratégia emergencial para continuar o fornecimento de alimentos para a sociedade e garantir renda ao produtor. Porém, alguns cuidados devem ser observados para a segurança do produtor. Pensando nisso, listamos algumas recomendações aos produtores como o uso de calça comprida, sapatos fechados, touca, máscara e luvas para vendas externas. Além da necessidade do uso do álcool 70%, quando não têm acesso a água e sabão para higienizar as mãos. Orientamos ainda evitar o contato muito próximo aos clientes e que e as conversa sempre que possível”,  disse.

O agricultor  Neudir Albino de Castro, da Comunidade Tradicional Rural Matinha, localizada na zona rural de Guaraí, é um dos produtores que adotaram a ideia e está muito satisfeito. "Recebo dezenas de pedidos por meio do WhatsApp e ligações telefônicas, e vou agendando as entregas. Em média são cerca de 150 itens, entre alface, couve, cheiro verde, pimenta e quiabo que levo pro pessoal, tudo bem armazenado. Quando estou na rua aproveito e divulgo os produtos no carro de som, e assim vou atraindo mais clientes. Sempre obedecendo as orientações do Ruraltins de como agir para proteger minha saúde e das outras pessoas”, frisa o agricultor.

Campanha educativa  

Além dos produtores de Guaraí, o foco da campanha também são as empresas de alimentos e seus colaboradores, que recebem orientações de higiene e proteção estabelecidas pelo Ministério da Saúde e Vigilância Municipal de Saúde visando a segurança de todos.

Conforme a engenheira de alimentos, Josenilda Guimarães Lopes, as informações repassadas  são as seguintes:

- Em primeiro lugar fazer uma triagem nos colaboradores para identificar quais fazem parte do grupo de risco. Idosos, gestantes, lactantes, portadores de doenças crônicas, autoimunes, cardíacas ou renais, transplantados, que estão com algum tipo de doença respiratória, e pessoas    que estiveram fora do país e/ou em estados com grandes números de infectados serem encaminhados para isolamento social imediatamente;

- Aumentar a frequência da higienização dos utensílios e equipamentos;

- Aumentar a frequência da higienização das mãos para colaboradores da cozinha. Para os entregadores (delivery) devem ser fornecidos álcool em gel 70° e orientados sobre a necessidade do uso constante enquanto estiverem na rua;

- Evitar o contato ou proximidade entre os colaboradores da cozinha. Em caso de pequenas cozinhas, façam escalas entre os funcionários para que esse item seja respeitado;

- Fornecimento de EPI’s de proteção para os colaboradores delivery: touca, máscara, luvas e óculos (para motoqueiros, a viseira do capacete deve sempre estar abaixada). Lembrando sempre que a touca deve cobrir as orelhas. Limpar e desinfetar objetos e superfícies tocados com frequência;

- Uniformes de mangas compridas, calça jeans e sapatos fechados;

- Colaboradores delivery devem evitar ao máximo o contato físico com o cliente e manter o mínimo possível de diálogo.