Considerando possível colapso no sistema de transporte público da Capital, o vereador Lúcio Campelo (MDB) fez apelo na sessão desta quinta-feira, 23, para que o Executivo Municipal, através do Comitê Gestor responsável pelo planejamento de ações de enfrentamento ao novo coronavírus em Palmas, subsidie o setor. “Todo o transporte público de Palmas está comprometido e correndo risco de paralisar”, afirmou.
O Decreto de número 1.863, lembrado na oportunidade por Lúcio, determina que a prestação de serviço de transporte coletivo urbano e rural não exceda a metade da capacidade de usuários sentados. Ocorre que, segundo Campelo, a empresa responsável pelo setor em Palmas não tem conseguido manter toda a sua frota em circulação, devido à impossibilidade de custear a prestação do serviço com as novas regras, contabilizando mais de R$ 2 milhões mensais em prejuízo. “Palmas precisa custear o serviço para que a empresa possa atender essas recomendações. O decreto acaba por criar essa situação de dificuldade e por isso estamos pedindo ajuda para que o setor consiga manter empregos e a mobilidade urbana”, reforçou Lúcio.
Como resultado do impacto, muitos profissionais que trabalham com a empresa responsável pelo transporte público estão sendo demitidos. Ademais, trabalhadores no geral ficam impossibilitados de se locomover, necessitando do transporte para tanto. “Palmas precisa agir para garantir que não haja um colapso, pois afetará inúmeros usuários que não têm alternativa para se locomover”, analisou.
Recurso
O recurso do subsídio deverá partir de um Fundo de mais de R$ 26 milhões – destinado para o combate da Covid-19 em Palmas -, no qual a prefeita Cinthia Ribeiro vem trabalhando para que seja aprovado na Câmara. “Quero fazer um apelo ao Comitê, pois estamos votando R$ 26 milhões e pedimos que coloque recursos para atender essa demanda do setor”, reforçou Lúcio.
O parlamentar reforçou seu pedido informando que várias outras cidades estão subsidiando o setor, citando como exemplo os municípios de São Paulo (SP), Belo Horizonte (MG), Rio de Janeiro (RJ), Salvador (BA) e João Pessoa (PB). “Assegurando empregos e a mobilidade urbana”, frisou.