Conexão Tocantins - O Brasil que se encontra aqui é visto pelo mundo
Economia

Foto: Divulgação

Foto: Divulgação

Em uma época em que as pessoas são estimuladas a ficar dentro de suas casas para conter a disseminação do novo coronavírus, o setor de vendas online ocupa uma posição poderosa na economia, vendo seu faturamento subir, enquanto quase todos os lojistas físicos observam o movimento contrário.

De acordo com um levantamento realizado pela empresa de consultoria Compre&Confie, o faturamento das vendas online no Brasil durante o  primeiro trimestre de 2020 foi 26,7% maior do que no mesmo período do ano passado, representando um total de R$ 20,4 bilhões  em transações. Ao analisar os números mais recentes, depois que a pandemia chegou ao País, o crescimento do comércio eletrônico é ainda maior: na primeira quinzena de abril, o índice de alta foi de 29%.

O aumento das compras online também gera oportunidades para outros grupos de trabalhadores, causando um efeito, na medida do possível, positivo na economia. Desenvolvedores e programadores de sistemas são mais exigidos, para criar ou manter lojas virtuais seguras. Transportadoras e entregadores também estão tendo mais trabalho.

Outra pesquisa realizada neste mês, através de entrevistas, mostrou que 34% das pessoas aumentaram o número de compras online, enquanto 46% diminuíram as compras no comércio físico. Esse panorama impõe um enorme desafio para as empresas, tornando quase obrigatória a venda virtual durante a pandemia, visando diminuir os impactos econômicos da crise.

O desafio é ainda maior para as pequenas empresas, já que o investimento para montar uma loja virtual é grande. Porém, isso está sendo contornado com criatividade e solidariedade. Dados do portal ReviewBox mostram que o WhatsApp e o Facebook estão sendo válvulas de escape para os pequenos empreendedores. E a população, ciente de que a crise atinge de maneira mais forte esse grupo, está ajudando e comprando dos pequenos, além de colaborar com divulgação e indicação em grupos.

Grandes empresas varejistas brasileiras estão fornecendo suas plataformas para que os pequenos possam realizar suas vendas com segurança. Isso reduz muito os custos com a loja virtual e também estimula que mais empreendedores passem a usar a internet como meio de negociação. O impacto disso quando a crise passar poderá ser enorme, com muito mais empresas oferecendo produtos pela internet – oferta que será complementada por um maior número de pessoas comprando virtualmente.

Os itens mais procurados durante a pandemia são aqueles considerados essenciais, como alimentos e produtos de higiene e limpeza. Então, os micro-empreendedores de outros segmentos tendem a sofrer mais. Mas, a crise se coloca como um momento de oportunidade para criar uma loja virtual e aproveitar que as pessoas estão passando mais tempo na internet para fidelizar o público. Isso acaba impactando o setor e beneficiando o consumidor, que aproveita descontos nos produtos e no preço das entregas.