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Esportes

52,9 bilhões de reais, ou 0,72% do PIB nacional: esse é o valor substancial que a indústria do esporte mais popular do país movimentou, incluindo não apenas as receitas dos futebol feminino e masculino, ou da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), mas também de todos os setores envolvidos no futebol, como publicidade, TV, mídias digitais, patrocínios, distribuidores, contratações e comércio relacionado.

A fortuna resultante da confederação ou dos clubes geralmente não recebe muita atenção da mídia, mesmo muitas vezes a indústria do futebol tendo uma receita mais gorda do que a de muitas mega empresas em território nacional, provavelmente pelo fato de uma paixão nacional não impressionar tanto o grande público pela fortuna que movimenta, devido a ser algo esperado. E esse faturamento quase que integralmente não depende de dinheiro gasto diretamente pelo seu público com o futebol propriamente dito, mas é mais movido pela audiência resultante da modalidade, da atenção que o público tem pelos produtos patrocinados e pelo literal poder que um jogador de futebol tem sobre a opinião pública, visto por exemplo, a atual detenção do astro Ronaldinho Gaúcho.

O futebol é tradicionalmente o esporte mais popular por aqui, e o investimento no setor é massivo, tendo desde movimentações milionárias para a troca de jogadores entre clubes, até patrocínios e licenciamentos. O esporte há várias décadas deixou de ser só entretenimento e além dos próprios jogadores serem negociados por (em alguns casos) valores milionários, empresas pagam até mais que suas mensalidades para que os mais famosos e populares sejam seus garotos propaganda.

Mundialmente, o esporte também vai bem nos lucros: no ano passado o clube Tottenham de Londres fecha com uma receita de aproximadamente 570 milhões de reais, alguns fatores responsáveis pelo sucesso financeiro do mesmo foram suas terceira classificação consecutiva na Liga dos Campeões e o fato de terem gasto menos para a formação de seu time, o que em negociação de jogadores representa a economia de vários milhões. Por aqui o clube com maior faturamento fechado na última cotação foi o Palmeiras, com um faturamento de mais de 688 milhões de reais, e acirradamente disputando agora a posição com o Flamengo sobre o maior faturamento a se obter.

Mesmo com a entrada da era digital, o futebol é um mercado ainda em expansão e as modernizações no setor não param de avançar. Havendo construção de estádios com cada vez mais estrutura, os novos meios de transmissão do esporte que promovem maior engajamento ou até metodologias modernas de treinamento para os jogadores. Além das modalidades de transmissão clássicas de televisão e o novo stream na internet, também vem se tornando mais populares os serviços virtuais que lidam com apostas esportivas, uma modalidade já popular pela Europa e nos EUA, que incluem uma gama de modalidades para o público oferecer lances em cima de resultados ou estatísticas possíveis de se acontecer em uma partida. Alguns desses serviços e outros derivados igualmente proporcionam transmissão ao vivo dos jogos para o acompanhamento em tempo real dos lances apostados. 

Sendo assim, se torna até questionável quando divulgam um levantamento sobre números de audiência atuais atrelados a qualquer esporte pois é basicamente impossível acompanhar todos os números vindo fora da TV. O stream do esporte vem de redes sociais, como o websites YouTube, Facebook, Twitch e outros serviços também famosos, mas não tão conhecidos em nosso país. Websites específicos podem criar sua própria stream por meio de seus sistemas e isso, em números não oficiais, faz com que tal número não mensurável.

Por isso, como exemplo, clubes e entidades esportivas do Brasil sempre vêm fechando contratos de patrocínio com plataformas de apostas, brindes junto de outros produtos, colecionáveis, peças de roupas, visando um retorno do amor internacional como um todo pelo esporte.

Resumidamente, para o Brasil e definitivamente qualquer outro País, R$ 52,9 bilhões  é um número de extrema relevância para seu desenvolvimento e pode tirar dúvidas sobre eventos esportivos terem ou não tanta importância até para as pessoas que não os acompanham, mas tal prosperidade, a atração de turismo e a arrecadação de impostos são apenas um dos exemplos sobre a importância dos esportes, ainda mais quando todos esses bilhões vêm só de um deles, mesmo sendo o mais popular.

Atualmente, por causa da crise da Covid-19, os números gerados deste ano devem ser estritamente menores, adiando os mais variados eventos para datas, em sua maioria, ainda indefinidas.