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Valério Carlos Vieira (E) é produtor de melancias no assentamento Três Lagoas e tem passado dificuldades

Valério Carlos Vieira (E) é produtor de melancias no assentamento Três Lagoas e tem passado dificuldades Foto: Antônio Gonçalves

Foto: Antônio Gonçalves Valério Carlos Vieira (E) é produtor de melancias no assentamento Três Lagoas e tem passado dificuldades Valério Carlos Vieira (E) é produtor de melancias no assentamento Três Lagoas e tem passado dificuldades

O Governo do Tocantins seguiu nessa sexta-feira, 12, com a entrega de cestas básicas para assentamentos rurais e comunidades quilombolas da região sudeste do Estado. Até o final do dia foram atendidas 548 famílias dos municípios de São Valério, Chapada da Natividade, Natividade e Almas.

Essa é mais uma iniciativa determinada pelo governador do Estado do Tocantins, Mauro Carlesse, que busca atender milhares de tocantinenses que tiveram a renda afetada pela pandemia do novo Coronavírus.

Uma das famílias beneficiadas nesta etapa foi a da senhora Idalina Linhares da Silva, 61 anos, que mora no assentamento Três Lagoas, a 52 quilômetros do município de São Valério.

A aposentada conta que deixou de ir na cidade, e que quando sai, sempre leva sua máscara e o álcool em gel. Temendo contrair o novo Coronavírus. Ela preza pela própria saúde e a do esposo, Raimundo Pereira da Silva, de 71 anos, que está debilitado por conta de um derrame sofrido em dezembro do ano passado.

“Moro aqui há 23 anos, mas uma temporada ruim como esta eu nunca vi. No noticiário a gente acompanha o Coronavírus e fica um pouco assustado, mas o jeito é se cuidar! Aqui na roça, meu marido já não dá conta de trabalhar, então nossa renda toda é da aposentadoria. Essa cesta é uma ajuda que precisamos demais”, afirmou Idalina Linhares enquanto se despedia das equipes do Instituto de Desenvolvimento Rural do Tocantins (Ruraltins).

Ruraltins

O Ruraltins é o órgão responsável por fazer a entrega de alimentos para as famílias de agricultores. A ação, que teve início em março, já beneficiou até o momento mais de 15 mil famílias em 53 cidades de quatro regiões do Estado.

Para o vice-presidente do órgão, José Aníbal, a entrega das cestas está garantindo a segurança alimentar aos produtores enquanto durarem as medidas de isolamento social.

“Muitas famílias produzem alimentos nos assentamentos e algumas ainda conseguem vender o excedente em feiras e mercados na cidade mais próxima. Mas, agora isso não está sendo possível, o Coronavírus reduziu bastante esse movimento e ao menos com as cestas básicas o Governo consegue garantir o mínimo de alimentação para eles”.

E quem está passando por esta situação é o produtor Valério Carlos Vieira, 42 anos, com sua pequena safra de melancia que está parada no assentamento Três Lagoas, já que no momento não tem condições de vender nas feiras de São Valério e região.

“A crise financeira veio e a gente aqui na roça sentiu. Esse ano comecei com uma safrinha de melancia, mas até agora está tudo quieto demais, o fruto está crescendo, mas como que vende? O mercado não compra, as feiras estão fechadas. Assim fica difícil”, lamentou.

- Segundo o vice-presidente do Ruraltins, José Aníbal (D), a entrega das cestas está garantindo a segurança alimentar aos produtores enquanto durarem as medidas de isolamento social.

Próximas Cidades

Neste sábado, 13, os trabalhos continuam na região sudeste do Estado, com previsão de entrega de centenas de cestas básicas em quilombos e assentamentos dos municípios de Porto Alegre, Dianópolis, Novo Jardim, Taguatinga, Conceição e Arraias.