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Polí­cia

No que diz respeito às vitimas de agressões físicas, 27% foram agredidas pelos próprios companheiros.

No que diz respeito às vitimas de agressões físicas, 27% foram agredidas pelos próprios companheiros. Foto: Pixabay

Foto: Pixabay No que diz respeito às vitimas de agressões físicas, 27% foram agredidas pelos próprios companheiros. No que diz respeito às vitimas de agressões físicas, 27% foram agredidas pelos próprios companheiros.

Somente entre 2010 e 2017, 1,2 milhões de mulheres sofreram algum tipo de violência no Brasil, segundo dados da plataforma EVA. Com a pandemia da Covid-19, a violência doméstica aumentou. Em abril, um mês de isolamento social, o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMDH) registrou um aumento de 40%, em relação ao mesmo período de 2019, de denúncias feitas pelo canal 180.  

E para compreender ainda mais este tipo de violência doméstica durante o período de pandemia, a Organização das Nações Unidas (ONU) está recebendo contribuições e estudos de instituições de defesa dos direitos humanos, pesquisadores, autoridades, sociedade civil, bem como todos aqueles que podem colaborar para diminuir os altos índices de violência.  

No Tocantins, segundo dados mais recentes da plataforma EVA, cerca de 3 mil mulheres já sofreram algum tipo de violência e, deste número, 36% são meninas e mulheres entre 15 e 29 anos. No que diz respeito às vitimas de agressões físicas, 27% foram agredidas pelos próprios companheiros. Cerca de 800 mulheres sofreram violência sexual no Estado nos últimos anos.  

De acordo com o advogado e consultor jurídico Robson Tiburcio, “entende-se por dano psicológico toda ação ou omissão direcionada a mulher, que cause diminuição da sua autoestima, controle das suas crenças, humilhação, manipulação de suas ações, violação da sua intimidade, limitação do seu direito de ir e vir, xingamentos rotineiros, pressão para isolamento de familiares e/ou amigos por imposição do parceiro, companheiro ou cônjuge”, destacou o especialista.  

O advogado ressaltou, ainda, como as vítimas podem buscar ajuda. “É preciso romper a barreira do silêncio, buscando apoio dos amigos, familiares, vizinhos ou diretamente do Estado, através de ligação gratuita e anônima para o número 180, que é uma saída para vítima e todo aquele que tenha conhecimento da prática que qualquer violência contra a mulher. Outra possibilidade de denúncia nos dias de hoje é a marcação de um X vermelho, usando batom na palma de uma das mãos, para exibir em qualquer estabelecimento comercial, como farmácias, por exemplo. A denúncia é a forma mais eficaz de combater a violência contra a mulher. Denuncie, sempre”, reforçou Robson Tiburcio.  

O Serviço Social, no Brasil, encabeça a luta contra este tipo de violência e, por meio dos Conselhos Regionais, elabora ações para prevenir, reduzir e eliminar as agressões às mulheres em todo o País.  

A violência doméstica e suas consequências nos âmbitos jurídicos e psicológicos será o tema central de uma live, promovida pelo advogado Robson Tiburcio, em parceria com o psicólogo Joeuder Lima, na sexta-feira, 19. A live será transmitida pelo perfil oficial do Instagram @drrobsontiburcio, a partir das 19h.