Mensalmente são publicados mapas que apresentam a situação referente a seca do mês anterior dos estados que fazem parte do programa Monitor de Secas. As informações sobre o Tocantins referente ao mês de maio de 2020 já estão disponíveis para consulta no site da Agência Nacional de Águas (ANA), e pode ser acessado aqui.
O mês de maio no Estado marca o início do período seco, essa definição decorre em virtude da média histórica das precipitações pluviométricas para esse período, que são de aproximadamente 50 mm, esse valor estabelece o limite entre a zona de transição úmida para a seca. No estado os totais em maio variaram em torno de cerca de 20 mm no sul e 90 mm no norte, de um modo geral, o cenário de precipitações estabeleceu-se entre normal e ligeiramente acima do normal.
O panorama do Estado apresentado pelo mapa, aponta que houveram melhorias nos indicadores de curto e longo prazo (CL), resultando num recuo da área de seca moderada (S1) no leste do estado e uma redução da área de seca grave localizada no setor centro-sul. Na área situada no sudeste do estado, limite com a Bahia, a presença recorrente de anomalias positivas resultaram na indicação de ausência de qualquer tipo de seca nessa região, justificando assim o surgimento de uma área sem seca. Já na região nordeste, houve um ligeiro avanço da seca fraca (S0) tendo em vista as anomalias negativas de precipitação. Devido às alterações no cenário, apenas o norte do Tocantins permanece com os impactos de curto e longo prazo (CL), enquanto nas demais áreas os impactos são de longo prazo (L).
A verificação das informações que auxiliam na elaboração dos mapas aqui do Estado é feita pela Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh). Os dados são disponibilizados mensalmente para possíveis correções e posteriormente enviados para publicação no site da ANA na aba Monitor de Secas. Atualmente o Tocantins é único estado da região norte do país incluído no programa.
Monitor de Secas
O Monitor de Secas é um processo de acompanhamento regular e periódico da situação da seca em vários Estados brasileiros, cujos resultados consolidados são divulgados por meio dos mapas. O monitoramento pioneiro na região nordeste é usado como modelo em outras regiões do país buscando tornar o acompanhamento uniforme no Brasil. O Monitor de Secas tem capacidade de alcançar um novo patamar na história de preparação para a seca por se tratar de um mecanismo de integração da informação nas áreas de meteorologia, recursos hídricos e agricultura. Assim, a ação permite a inclusão de mais dados, trazendo melhorias para a verificação da seca com mais precisão, facilitando a elaboração de políticas públicas por parte dos gestores municipais e estaduais.