Responsável por cerca de 64% do crédito de fomento aplicado no Norte do país, segundo dados do Banco Central, o Banco da Amazônia (Basa) dá prosseguimento as suas estratégias de mercado para manter-se firme na liderança regional quando o assunto são operações de financiamento com recursos de fomento. Na terça-feira, 30 de junho, a Instituição deu mais um passo importante neste sentido, ao lançar o Plano Safra 2020-2021, cujos recursos alcançam R$ 5 bilhões para investimentos nos setores agrícola e pecuário.
O lançamento ocorreu por meio de um webinar feito no canal do Youtube do banco, com a participação do presidente e do diretor Comercial e de Distribuição, respectivamente, Valdecir Tose e Francimar Maciel. Foram convidados para participar do evento a subsecretária de Fundos e Incentivos Fiscais do Ministério de Desenvolvimento Regional (MDR), Karen Teles, o diretor de Crédito e Informação da Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), Wilson Araújo, o segundo vice-presidente de Finanças da Confederação Nacional da Agricultura (CNA), Muni Lourenço Júnior, e o consultor de crédito e e desenvolvimento rural do Instituto Conexões Sustentáveis (Conexsus), João Guadagnin.
Em alinhamento com o Plano Safra 2020-2021 do Governo Federal, os valores do Basa para o Plano Safra que iniciou nesta quarta-feira, dia 1º de julho, e vai até o dia 30 de junho do próximo ano, serão aplicados em empreendimentos localizados nos nove estados da Amazônia Legal onde a empresa tem unidades, no caso, Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins. Dos R$ 5 bilhões disponíveis, R$ 2 bilhões serão para os médios e grandes produtores e R$ 3 bilhões para os produtores de micro e pequeno porte, sendo R$ 600 Milhões para a agricultura familiar. Esses recursos são 25% maiores que o Plano Safra anterior do banco.
“A despeito das restrições impostas pela pandemia da covid-19, o Banco da Amazônia apresentou um crescimento de 37,5% em suas aplicações no primeiro semestre de 2020 em relação ao mesmo período do ano passado. Já financiamos R$ 4,4 bilhões este ano, o que nos leva a ter as melhores expectativas para este novo Plano Safra, onde esperamos um aumento de 4% para a pecuária e de 7% a mais para a agricultura, no que concerne à produção desses setores. E para esse crescimento os produtores podem contar com os recursos do Banco da Amazônia”, ressaltou Francimar Maciel.
Taxas reduzidas para o produtor rural e agricultor familiar
Para deixar o crédito ainda mais atrativo ao empreendedor, o Basa praticará redução das taxas de juros anuais para o Plano Safra 2020-2021. Para se ter ideia da medida, as taxas do Pronaf que estavam entre 3 a 4,6% no período anterior, passaram a vigorar no novo Plano Safra com uma variação entre 2,75% a 4%, a depender do que irá ser financiado. Algumas linhas de financiamento para a agricultura familiar contam com taxas de 0,5% (Pronaf A e B) e de 1,5% (Pronaf A/C).
As taxas de custeio do FNO também sofreram redução, passando de 5,55% para 4,44% aos produtores com receita bruta anual até R$ 16 milhões, um decréscimo de mais de um ponto percentual. O médio e o grande produtor também foram beneficiados com a diminuição dos percentuais das taxas, alcançando entre 4,58% e 4,86% ao ano, para investimento e custeio, respectivamente.
“Comparando as taxas aplicadas pelo Basa com outros fundings disponíveis no mercado, como a CPR, a LCA e outros recursos obrigatórios, o FNO segue como o melhor recurso para a tomada de crédito no agronegócio, oferecendo aos produtores vantagens nas taxas que chegam a ser de 15 a 25% menores que as praticadas por outras instituições financeiras”, enfatizou o diretor Comercial e de Distribuição do Banco da Amazônia.
Inovações para facilitar o acesso ao crédito
Durante o webinar, também foram relatadas as inovações feitas pelo Banco da Amazônia nos últimos meses para facilitar o acesso ao crédito. Uma das novas medidas destacadas foi a hipoteca abrangente para operações rurais, que dá ao produtor a opção de eleger um ou dois imóveis para fazer uma espécie de garantia abrangente com esses bens. Com isso, é possível usar essa hipoteca em cada nova operação contratada, reduzindo o tempo e o custo da operação.
Outra inovação relatada no evento foi a “cédula de 5 anos”. Feita para as operações de custeio, ela permite ao produtor, a cada renovação de uma operação desse tipo de crédito, a usar a cédula por um prazo de cinco anos, sem necessidade de fazer um novo instrumento de crédito, cabendo ao banco fazer somente aditivos à cédula já contratada, o que torna o processo mais simplificado.
Ainda sobre inovação, o Basa também lançou a opção de o produtor fazer o custeio pré-safra, onde ele tem, no limite de crédito aprovado, um portfólio para usa na safra e na pré-safra. Com isso, o produtor rural e, em especial o agricultor familiar, pode comprar produtos e insumos para sua lavoura com preços mais em conta, pois esse tipo de custeio permite antecipar a contratação de crédito e liberar as parcelas para que as compras do produtor ocorram no melhor período de custo e de preço.
Plataformas digitais agilizam a concessão do crédito
Os representantes do Banco da Amazônia também destacaram o processo de transformação digital que a Instituição vem vivenciando ao longo dos últimos anos e que precisou ser acelerado por conta da pandemia de covid-19. Foi citada, ainda, a criação do aplicativo Sua Conta Basa, que pode ser utilizado por empresas e por clientes pessoas físicas. O app permite ao cliente adiantar seu cadastro junto ao banco, enviar os documentos solicitados pela instituição sem precisar ir até uma agência. Também foi abordado sobre o aplicativo Simulador do FNO, que possibilita simular operações de crédito com esse fundo de forma simples e verificar as condições mais vantajosas para o financiamento.
Outro destaque foi dado para o Terras Pronaf, que permite a análise socioambiental de propriedades rurais a partir de imagens feitas por satélite. A plataforma tornou as operações do Pronaf mais ágeis, pois substituiu as visitas que eram feitas às propriedades para fazer esses levantamentos in loco. Os representantes do Banco da Amazônia falaram, ainda, sobre o Terras para o agronegócio, que emite, dentre outros dados, as áreas de uso e de reserva legal de forma automática e ágil. Outra informação dada durante o webinar para divulgar o Plano Safra 2020-2021 do Banco da Amazônia foi sobre a concessão e a renovação de operações de custeio que, hoje, levam de dois a cinco dias após a aprovação de limite, pois o processo ficou mais simplificado. Antes, esse tipo de operação levava entre 15 e 20 dias em média.