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Polí­cia

Foto: 72ª DP -Luzimangues

Policiais Civis da 72ª Delegacia de Luzimangues, comandados pelo delegado Fabrício Piassi, com o apoio do Conselho Tutelar, localizaram no final da tarde de quinta-feira, 6, uma chácara na zona rural daquele distrito, que estava recebendo menores, entre crianças e adolescentes, e até jovens, para um suposto retiro espiritual. Ocorre que o local apresentava péssima estrutura, pouca condição de higiene e alimentação, além de não ser autorizado pelos órgãos públicos, tampouco fiscalizado pelo conselho tutelar e pelo Ministério Público.

Segundo o delegado Fabrício, no local foram encontradas cerca de 20 pessoas, entre crianças, adolescentes e adultos, inclusive uma lactante com um filho de menos de um ano de idade.

Segundo relatos, alguns já estavam na chácara há meses, com pouco contato com os familiares e apenas realizando orações e tarefas determinadas pelos pastores responsáveis pelo “retiro”. Todas as pessoas que participavam do suposto retiro foram identificadas, e seus pais e/ou familiares serão contatados pela autoridade policial e pelo conselho tutelar. Segundo a PC, as pessoas são de Palmas e de vários outros municípios do interior do Tocantins.

Ainda de acordo com a autoridade policial, dois pastores foram localizados e identificados como sendo os responsáveis pelo local e pelo evento. No entanto ao serem ouvidos, eles alegaram que o retiro tomou uma dimensão inesperada e que planejavam regularizar o evento junto às autoridades públicas.

A perícia foi acionada e registrou toda a estrutura do ambiente, o qual subsidiará a investigação instaurada pela unidade policial de Luzimangues no sentido de apurar todos os detalhes e circunstâncias que resultaram na reunião de várias pessoas em local totalmente inapropriado e desprovido de condições básicas, de saúde, alimentação e higiene.

Diante da situação inusitada e perigosa, a Polícia Civil do Tocantins alerta aos pais para que procurem conhecer bem eventuais retiros religiosos que são ofertados, bem como seus idealizadores, estrutura do local, se há acompanhamento e fiscalização pelos meios formais de controle, especialmente pelo Ministério Público e pelo Conselho Tutelar, bem como as atividades a que seus filhos serão submetidos, para evitar qualquer tipo de responsabilização cível, administrativa e até criminal.

As investigações serão intensificadas e, caso sejam verificadas situações que configurem atos ilícitos, os responsáveis pelo evento e também pelo local e que se realizava serão responsabilizados de acordo com a legislação penal vigente. (Ascom SSP/TO)