O efetivo de 300 homens do Exército no Tocantins está apto a iniciar as atividades de combate a incêndios e queimadas florestais no Estado. O vice-governador do Estado, Wanderlei Barbosa, esteve na manhã desta sexta-feira, 4, no 22° Batalhão de Infantaria, em Palmas, onde recebeu do comandante da 3ª Brigada de Infantaria Motorizada, general Marcus Alexandre Fernandes, a confirmação do início das atividades.
A solicitação para que o Governo Federal autorizasse o emprego das Forças Armadas no combate a incêndios dentro do território tocantinense já havia sido feita pelo governador Mauro Carlesse, ao presidente da República, Jair Bolsonaro. A autorização foi publicada na edição do dia 20 de agosto no Diário Oficial da União (DOU).
“O pedido para atuação das Forças Armadas foi feito pelo Estado e estamos muito felizes em saber que fomos atendidos e que esta força já poderá nos ajudar no combate aos incêndios. Ficamos gratos pelo apoio e tenho certeza que esta será mais uma parceria de sucesso. O governador Mauro Carlesse já determinou que todos os órgãos permaneçam interligados com o Exército para que, juntos, consigamos realizar um trabalho de forma mais efetiva e eficaz”, afirmou o vice-governador Wanderlei Barbosa.
O comandante Marcus Alexandre destacou que, a partir de agora, o Tocantins passa a fazer parte da Operação Verde Brasil 2 e o 22° Batalhão de Infantaria vai atuar em todo o Estado. “Trabalharemos em conjunto com todos os órgãos do Governo para contribuir no combate aos crimes ambientais e aos incêndios florestais. Vamos montar um Centro de Operações empregando todas as agências interessadas no combate aos incêndios para que possamos identificar exatamente onde serão os pontos principais a serem atacados”, explicou.
O coronel Carlos Gabriel Brusch, comandante do 22° Batalhão de Infantaria, informou que o trabalho será imediatamente iniciado na capital Palmas. “Já vamos iniciar nossa atuação nos arredores de Palmas, especialmente na Serra do Lajeado, onde estão ocorrendo muitos focos. Os órgãos que lidam com este assunto nos trarão as demandas e nós vamos apoiar, executando as ações”, informou.
Também estiveram presentes na reunião o presidente do Instituto Natureza do Tocantins (Naturatins), Sebastião Albuquerque Cordeiro; o chefe do Estado-Maior do Corpo de Bombeiros Militar do Tocantins (Chem), coronel Carlos Eduardo Farias, e o tenente-coronel Erisvaldo Alves, coordenador-adjunto da Defesa Civil Estadual.
Cenário atual
Segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), de janeiro até essa quinta-feira, 3, o Tocantins contabilizou 5.570 focos de incêndio. No mesmo período no ano passado, o Estado já havia registrado 7.398 focos.
Somente nos meses de julho e agosto, o Tocantins registrou, respectivamente, 1.361 e 1.714 focos de incêndio. Já nos primeiros dias de setembro foram 377 registros.
Pedido do Governo do Estado
Na solicitação feita pela Gestão Estadual à Presidência da República, o governador Mauro Carlesse argumentou que o Tocantins padece com vulnerabilidades da vegetação devido às combinações climáticas do período do ano, considerando as altas temperaturas neste período de estiagem, principalmente entre os meses de julho e setembro.
O emprego das Forças Armadas será utilizado para garantir a lei e a ordem em ações subsidiárias na faixa de fronteira do Tocantins, nas terras indígenas, nas unidades federais de conservação ambiental e em outras áreas federais nos estados da Amazônia Legal, especialmente no combate a focos de incêndio. O decreto se estende até o mês de novembro.