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Polí­tica

Foto: Divulgação

Continuam a surgir denúncias de irregularidades na destinação da verba obrigatória para candidaturas de mulheres nas eleições municipais de 2020. As denúncias desta vez vêm das candidatas a vereadoras em Palmas pelo Cidadania, segundo as quais, a cota de 30% para candidaturas femininas não tem sido distribuída igualitariamente entre as mulheres, pelo contrário, teria sido destinada a uma única candidata que é esposa do presidente da legenda em Palmas.

De acordo com a denúncia das candidatas, toda a verba foi destinada a Maria Domingas dos Santos Moraes, que concorre ao cargo de vereadora. Em consulta ao sistema de Divulgação de Candidaturas e Contas Eleitorais (Divulgacand), verificamos que dos 26 candidatos a vereador pelo Cidadania em Palmas, apenas 8 são mulheres.

Destas, apenas Domingas tem receitas declaradas na prestação de contas. Consta que Domingas recebeu R$ 41.484,50, dos quais a maior parte, ou seja, o equivalente a R$ 38.484,50, foi de repasse da Direção Nacional do partido.

Nenhuma das demais sete candidatas recebeu verbas do partido. Para seis delas, consta o total de R$ 0,00 de recursos recebidos, sendo que uma delas, a candidata Raimunda Barbosa, consta que “não há prestação de contas apresentada à Justiça Eleitoral”.

Homens

Já entre os homens, a maioria possui recursos recebidos declarados. No entanto, quase todos são de recursos próprios. Apenas dois deles teriam recebido verba do Cidadania. São os candidatos Rainel Rodrigues Pereira, que usa o nome de Negão do Chapéu, e Wilton Bezerra do Nascimento, o Wilton do Zé Branquim.

Somente Wilton, recebeu sozinho o equivalente a R$ 58.640,00, dos quais R$ 50 mil são provenientes da Direção Nacional e outros R$ 4 mil da Direção Estadual do Cidadania. Já o candidato Rainel, declarou R$ 12 mil de receitas recebidas, das quais R$ 10 mil foram de repasses da Direção Estadual do partido.

A reportagem tentou ouvir os os presidentes do Diretório Estadual, deputado estadual Eduardo Bonagura, e metropolitano, Lucas da Lince, mas não conseguimos contato.

Cota feminina

Esta é a segunda denúncia pública de supostas irregularidades na distribuição da cota obrigatória de 30% para candidaturas de mulheres nesta reta final de campanha.

 Na semana passada, a candidata a vereadora pelo PSB, Giovanna Nazareno, também denunciou que o recurso vinha sendo distribuído de forma desigual dentro do PSB.