Na terça-feira, 3, no Instituto Natureza do Tocantins (Naturatins) foi realizada uma reunião técnica com a participação do presidente do órgão Sebastião Albuquerque, acompanhado do gerente de Inspeção Ambiental, Eder Soares. Na oportunidade, receberam os técnicos do Exército Brasileiro, capitão D. Barbosa e sargento Huambo que realizaram a apresentação do Aplicativo “Guardião da Amazônia”, destinado aos agentes públicos, parceiros institucionais e militares participantes da Operação Verde Brasil.
O encontro teve como objetivo oficializar mais uma parceria entre o Naturatins e o Exército Brasileiro. Desta vez para a utilização imediata deste aplicativo, valiosa ferramenta de Geoprocessamento de Dados Espaciais Ambientais. Inclusive o dispositivo será integrado ao CIMDEA - Centro Integrado de Inteligência e Monitoramento de Dados Espaciais Ambientais, criado através da Portaria/Naturatins nº 70, de 08 de junho de 2020, publicada no Diário Oficial do Estado nº 5.619, de 09 de junho de 2020.
O aplicativo tem como finalidade especialmente auxiliar nas ações de Inspeção, Monitoramento, Fiscalização e também registrar em tempo real a atuação das equipes em campo, com o objetivo de ajudar no combate ao desmatamento, incêndios florestais, garimpo, pistas de pouso irregulares, áreas alagadas e demais ocorrência de crimes ambientais nos estados da Amazônia Legal, explica o gerente de Inspeção Ambiental, Eder Soares.
Para o presidente do Naturatins, Sebastião Albuquerque Cordeiro, o aplicativo “Guardião da Amazônia” é um instrumento que permite a população denunciar os delitos mais comuns e danosos ao meio ambiente, praticados em todo território brasileiro com grande precisão e confiabilidade.
“O instrumento também facilita o acesso aos focos de calor, e demais infrações no meio ambiente em tempo real em todo o território da Amazônia legal”. O gestor do Naturatins destaca ainda, “o fornecimento do aplicativo aos órgãos de controle e fiscalização oportuniza uma ferramenta extremamente importante para que possamos agir com mais eficiência para apurar e autuar os responsáveis pelos diversos crimes ambientais” menciona Albuquerque.
A plataforma “Guardiões da Amazônia” é composta pelo Aplicativo Móvel, que poderá ser utilizado para denúncias anônimas. “O mecanismo ainda oferece a opção de cadastro, ocasião que o usuário poderá se beneficiar da parte de gamificação do aplicativo, receber medalhas virtuais, e ter uma posição no ranking geral do seu Estado”, afirma o gerente de Inspeção Eder Soares.
Precisão da denúncia
“A referida medida não expõe os dados do cadastrado. Mas quando se verifica a precisão da denúncia, significa que junto com as fotos e as observações constantes na denúncia, também é enviada a localização geográfica da ocorrência, o que facilita muito as ações dos órgãos que receberão as denúncias”, frisa o presidente do Naturatins, Sebastião Albuquerque.
Através do aplicativo também é possível visualizar as informações de focos de calor geradas por satélites. Este é um recurso que pode ser muito útil para órgãos como o Corpo de Bombeiros.
Já a Plataforma Web, permite o uso restrito dos órgãos parceiros, que terão acesso além dos conteúdos como as denúncias feitas pelos usuários, ainda poderão visualizar os alertas de desmatamentos do DETER, sistema de apoio à fiscalização e controle do desmatamento e degradação do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), que também disponibiliza inúmeros modelos de relatórios e gráficos.
Com o sistema, é possível identificar o local exato do foco de queimada, a partir de uma foto enviada pelo denunciante. Os registros também permitem que os órgãos de controle e fiscalização acessem as coordenadas geográficas. O app tem a opção de registrar as proporções do crime ambiental em si, além de possuir um campo para descrição e outras observações.
“Vale reforçar que o formato móvel do aplicativo é usado para o envio de denúncias, enquanto que o da web é restrito aos órgãos parceiros”, disse o gerente de Inspeção Eder Soares, que complementa que asfotos serão usadas como prova contra os responsáveis pelo delito, já que o banco de dados conseguirá registrar o local exato da queimada com latitude, longitude e o tamanho da área afetada.