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Economia

Foto: Divulgação

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Nesta semana, a empresa Minery anunciou ter recebido um aporte de R$ 3 milhões em rodada Seed (Semente - fundos para apoiar o trabalho inicial de pesquisa, desenvolvimento e validação de mercado), liderada pela venture builder Happy Capital. O investimento vai ajudar a empresa no desenvolvimento da plataforma, que será lançada em 15 de janeiro, e na contratação de profissionais.

A startup foi criada 2018 pelo seu atual diretor-executivo, Eduardo Gama, em parceria com o diretor de Marketing, Rafael Jacob e tem como propósito suprir as principais deficiências do sistema de negociação e modernizar sustentavelmente um setor tido como prejudicial ao meio ambiente.

Natural de Goiânia, Eduardo Gama mudou para Palmas em 2000. “Formei em Engenharia de Minas na Ulbra em 2015, fomos a primeira turma do Tocantins. Atuei na área de mineração do estado, tanto no governo quanto na iniciativa privada. Antes de mudar para São Paulo, também atuei nos entornos, Pará, Goiás e Bahia. Isso tudo foi muito importante pois hoje posso dizer que conheço o país no sentido de mineração”, explica o CEO da Minery.

Já Raphael Jacob é natural de Brasília, mudou para Palmas em 1995, com 7 anos de idade.  “Após muitos anos, fui para São Paulo onde me formei na ESPM. Voltei para o Tocantins em 2015, onde morei por mais 5 anos. Hoje em dia eu digo que Edu e eu somos tocantinenses, devido à nossa história e ligação com o estado”, relembra o atual CMO da startup. 

Com processos seletivos em andamento, a Minery contratará um novo time de colaboradores para ocupar as áreas de operação, marketing, administrativo e tecnologia. Por ora, serão 15 novos contratados, mas este número pode chegar a até 21 dentro dos próximos seis meses – quando a plataforma já estará disponível para uso.

Sustentabilidade

A Minery possui o Selo Verde e faz parte do Pacto Global da ONU, seguindo os princípios dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). “Queremos mostrar ao Brasil que a mineração não é insustentável. A Minery já nasceu de forma sustentável, porque somos 100% digitais. Com essa rodada, conseguiremos investir em operação, tecnologia e talentos – fatores primordiais para ajudar a nossa startup com os desafios do sistema existente e que estamos buscando enfrentar”, diz Jacob.

“Somos um marketplace que facilita o aumento de competitividade na compra e venda de commodities minerais e garante que as negociações sejam mais eficientes e seguras. Na Minery, trabalhamos como um agente neutro entre mineradores e compradores, garantindo que as partes cumpram todas as etapas dos acordos firmados dentro da nossa plataforma. Tudo isso, 100% digital e com alta tecnologia de criptografia e blockchain”, explica Gama.

Ser uma nativa digital faz ainda com que a Minery tenha um grande diferencial em relação aos seus concorrentes: ser naturalmente uma empresa sustentável – uma das grandes dores deste setor. Na Minery, todas as micro, pequenas e médias mineradoras passam por uma validação presencial com técnicos treinados, visando garantir a procedência de todos os fornecedores cadastrados e atuantes na plataforma. A startup segue parâmetros internacionais e possui um padrão de validação próprio, tudo para buscar o equilíbrio entre o desenvolvimento e a preservação dos recursos naturais.

“Em um País com dimensões continentais, onde atualmente 9.415 minas estão ativas, é preciso prudência e averiguação quanto às mineradoras e a origem dos seus commodities. A Minery apoia e faz parte do Pacto Global da ONU e, por isso, vimos a necessidade de criar um certificado com base nos princípios dos ODS, onde avaliamos mais de 74 parâmetros, entre eles a presença de trabalho infantil/escravo, utilização de EPIs, grau de impacto ambiental, entre outros”, conclui Eduardo.