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Polí­cia

Cãozinho Bob ao lado de sua protetora e nova dona, Agente de Polícia Nilza Nascimento

Cãozinho Bob ao lado de sua protetora e nova dona, Agente de Polícia Nilza Nascimento Foto: Divulgação

Foto: Divulgação Cãozinho Bob ao lado de sua protetora e nova dona, Agente de Polícia Nilza Nascimento Cãozinho Bob ao lado de sua protetora e nova dona, Agente de Polícia Nilza Nascimento

Uma história que teve um início trágico, mas terminou com final feliz para o cãozinho Bob, de apenas seis meses de idade. No dia 10 de outubro desse ano, o filhote foi violentamente espancado na portaria de um hospital particular em Araguaína, no norte do Estado, mas acabou sendo adotado pela agente de Polícia, Nilza Nascimento, da 26ª Delegacia de Polícia Civil da cidade e passa muito bem.

 O crime teve grande repercussão, uma vez que o filhote foi atacado, em tese, por um porteiro da unidade de saúde que utilizou um cassetete para ferir o animal, fato que foi filmado sendo que as imagens foram compartilhadas e divulgadas amplamente nas redes sociais.

Logo após o fato, a Polícia Civil do Estado do Tocantins, por intermédio da 26ª Delegacia de Polícia Civil de Araguaína iniciou as investigações e, nesta quarta-feira, 2, concluiu o inquérito policial que apurava as agressões praticadas contra o filhote de cachorro que ganhou o nome de Bob

De acordo com o delegado-chefe da 26ª DP, Luís Gonzaga da Silva Neto, as agressões foram presenciadas por pessoas que passavam pelo local, sendo uma delas integrante da Associação Protetora dos Animais de Araguaína – APAA que pegou o animal em seus braços e o levou para prestar cuidados médicos, tendo em vista que o cachorro estava gemendo de dor e latindo bastante.

Segundo a integrante da APAA, ao questionar o indiciado sobre o porquê das agressões, ele lhe respondeu que “se estivesse achando ruim, que levasse o cachorro para casa”.

Sendo assim, o delegado Luís Gonzaga concluiu o inquérito policial, em que o homem de 37 anos foi indiciado pela prática, em tese, do crime de maus tratos contra animal, conduta esta qualificada, tendo em vista ter como objeto material do crime um cachorro, enquadrando-se no novo tipo penal inserido pela Lei nº 14.064/2020, legislação que agrava a pena daqueles que praticam maus tratos contra cães e gatos. A pena do referido delito é de 2 a 5 anos de reclusão e multa. O indiciado encontra-se em liberdade. O caso agora fora encaminhado ao Poder Judiciário para as medidas cabíveis.

A adoção

Após ser socorrido e receber o tratamento médico-veterinário adequado, o cachorrinho Bob foi adotado pela policial civil Nilza Nascimento, integrante da equipe de investigação da 26ª DPC que se apaixonou pelo animal, estando o filhote sob os seus cuidados. Durante a investigação as equipes da 26ª DP foram auxiliadas pela médica veterinária Aline Marinho Machado, de uma clínica local, que prestou assistência ao animal.