Um homem suspeito de fraude no auxílio emergencial é alvo de mandado de busca e apreensão da Polícia Federal (PF) em Palmas/TO nesta quinta-feira, 10, em uma operação que abrange 14 estados. De acordo com a PF, essa é a maior operação no combate às fraudes ao beneficio, contando com uma atuação efetiva e integrada para preservar o instituto que teve mais de sessenta milhões de beneficiados, em razão da crise de saúde pública ocorrida em 2020.
O alvo da operação em Palmas não teve o nome revelado. Ele é suspeito de ter praticado diversos crimes de estelionato majorado e furto qualificado mediante fraude. O suspeito teria utilizado dados de outras pessoas para cadastrar contas digitais para o recebimento do auxílio emergencial.
Dessa forma, ele sacava os valores depositados em tais contas, causando prejuízos à União e aos reais beneficiários carentes. De acordo com a PF, se condenado, as penas somadas contra o suspeito podem chegar a 14 anos e 8 meses de reclusão.
Operação
Batizada de Segunda Parcela, a operação acontece nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Paraíba, Espírito Santo, Bahia, Santa Catarina, Tocantins, Paraná, Goiás, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Maranhão, Piauí e Mato Grosso do Sul; com o cumprimento de 42 Mandados de Busca e Apreensão, 7 Mandados de Prisão e 13 Mandados de Sequestro de Bens.
Foi determinado o bloqueio de valores de até R$ 650 mil, em diversas contas que receberam benefícios fraudados. Cerca de 152 policiais federais participam da operação.
A Polícia Federal informou que os pagamentos indevidos e as tentativas de cadastramento irregulares são processados dentro de ferramentas estabelecidas pelo órgão, buscando identificar a atuação de organizações criminosas e fraudes. Ainda segundo a coorporação, mais de 3,82 milhões de pedidos irregularese foram identificados e bloqueados ou cancelados por órgãos e instituições federais que fazem parte da estratégia integrada de atuação contra fraudes no auxílio. Os pedidos irregulares negados corresponderiam a cerca de R$ 2.3 bilhões.