No mês de dezembro o Sesc Tocantins apresenta o projeto Identidades Brasilis, uma ação afirmativa e formativa por meio da produção artístico-cultural de pessoas negras e indígenas e pessoas não negras e não indígenas. Serão quatro dias de muita cultura. Dia 14/12, às 19h, a abertura será com a roda de conversa intitulada “Urgências e Necessidades de Decolonialidades nas Artes”. Toda a programação do projeto Identidades Brasilis acontecerá na página oficial do Sesc Tocantins no Youtube www.youtube.com/sescto.
Os estudos decoloniais compartilham um conjunto sistemático de enunciados teóricos que revisitam a questão do poder na modernidade. Nesse sentido, a roda de conversa objetiva refletir sobre a produção artístico-cultural de pessoas negras e indígenas, a partir de ações afirmativas e formativas, com foco na mediação de saberes e conhecimentos desses dois grupos étnicos. A apresentação será feita pela Supervisora de Cultura do Sesc Tocantins, Veridiana Barreto, com mediação de Rafael Pereira Pinto do Sesc Roraima. Os convidados para o debate são Aliã Wamiri (Sesc Piauí), Everton dos Andes (Tocantins/Porto Nacional), Narubia Werreria (Tocantins/Palmas) e Solange Nascimento (Tocantins/Palmas).
Rafael Pereira Pinto (Sesc Roraima)
Homem negro e artista visual. Nascido na cidade de Ilhéus, litoral sul da Bahia, filho de Adelci Pereira e Raimundo Pinto. Vive e trabalha como analista de cultura e arte educador do Sesc em Boa Vista - Roraima, onde cursou análise de sistemas, artes visuais e o mestrado em propriedade intelectual. Atualmente desenvolve pesquisas nas áreas de arte educação e arte multimídia, unindo arte e tecnologia, atuando com técnicas mistas como desenho, ilustração, videoarte, videopoema, e produção de stickers e memes antirracistas e decoloniais.
Aliã Wamiri (Sesc Piauí)
Graduada em Educação Artística (Universidade Federal do Piauí) e tem especialização em Educação Profissional (Instituto Federal do Piauí). É educadora artística, produtora cultural, fitoterapeuta, ilustradora de literatura infantil e contadora de histórias. Têm experiência na área de Arte-educação voltados à cultura indígena para o público infanto-juvenil, educadores e pesquisadores.
Everton dos Andes (Tocantins/Porto Nacional)
Cantor, compositor, pesquisador da Cultura Popular. Graduado em História. Prof. Especialista em História da África, da Cultura Afro-brasileira e, História do Negro no Brasil. Prof. Especialista em História Social do Brasil. Graduado em Letras com especialização em Língua Inglesa. Três CDs gravados. Duas publicações literárias.
Narubia Werreria (Tocantins/Palmas)
Arte ativista indígena, poeta da oralidade e artista plástica, pesquisadora, palestrante e estudante de direito da Universidade Federal do Tocantins.
Solange Nascimento (Tocantins/Palmas)
Possui graduação em Pedagogia (1996), Mestrado em Educação pela Universidade do Vale do Itajaí (2005) e Doutorado pelo Programa de Pós-Graduação em Educação pela Universidade Federal da Bahia (2017). Atualmente é professora adjunta da Universidade Federal do Tocantins Educação pela Universidade Federal da Bahia, atualmente é docente na Universidade Federal de Tocantins. Como coordenadora de Ações Afirmativas na Instituição desenvolve ações para a implementação de políticas de permanência de alunos indígenas e quilombolas no ensino superior. Tem experiência na área de Educação, com ênfase em Educação Cultura, políticas públicas, história e cultura afro-brasileira.
Identidades Brasilis
O Projeto Sesc Identidades Brasilis se constitui sob a égide de uma ação afirmativa e formativa por meio da produção artístico-cultural de pessoas negras e indígenas e pessoas não negras e não indígenas. Tem seu propósito centrado na produção de ações, com foco na mediação de saberes e conhecimentos desses dois grupos étnicos. Partindo da compreensão de que o Brasil foi forjado na interação entre diversas culturas, e, ao mesmo tempo, a partir da construção de uma narrativa oficial totalizante e homogeneizadora, bases estruturantes de uma sociedade racista e desigual, esse projeto busca, em termos de representatividade e proporcionalidade discutir e refletir sobre questões urgentes e emergentes acerca do que a contemporaneidade nos convida ao debate. Esse exercício se dará por meio de ações midiatizadas com ênfase na discussão identitária e das questões étnico raciais, a partir das práticas e das produções artístico-culturais que venham a contribuir para o desenvolvimento do ser humano, visando a melhor compreensão de si mesmo e do mundo, mediado pelas intencionalidades que norteiam as ações educativo-socais do Sesc, por meio da Cultura que é um direito social e logo, inerente à condição humana, e seu exercício pode garantir às pessoas, enquanto sujeitos e individuais e coletivos: dignidade, liberdade, igualdade, solidariedade e participação social.