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Meio Ambiente

Imagens feitas no local mostram parte da vegetação derrubada para abertura da estrada (Fotos: Divulgação)

O Instituto Natureza do Tocantins (Naturatins) e a Polícia Civil informaram que vão averiguar a denúncia de suposto crime ambiental na região do Jalapão, especificamente no município de São Félix do Tocantins, a cerca de 184 km de Palmas.

A denúncia, feita pelo atual prefeito do município, Carlos Irael Ribeiro Reis (MDB), é referente à abertura de uma estrada vicinal em São Félix. Em ofícios protocolizados no Naturatins, Polícia Civil e Ministério Público Estadual (MPE), Reis denuncia que o ex-prefeito, Marlen Ribeiro Rodrigues, estaria construindo a estrada “em total desobediência à legislação ambiental e à revelia dos proprietários das propriedades circunvizinhas”.

Segundo o denunciante, a estrada vicinal está sendo construída para dar acesso ao Fervedouro Veredas, que é de propriedade do ex-prefeito. A denúncia cita ainda que Rodrigues teria utilizado máquinas públicas na obra.

Fotos que foram tiradas do local onde a estrada está sendo aberta mostram parte da vegetação local suprimida. Segundo a denúncia, a obra estaria ameaçando, além do fervedouro, também outros patrimônios ambientais na região. “Está sendo degradado o Córrego Salto, morros e veredas, bem como as matas ciliares do Córrego Salto, local onde o [ex] prefeito pretende fazer uma galeria/ponte”.

Sobre o fato, o Naturatins informou que a denúncia foi recebida e que foi formalizada a solicitação de averiguação à equipe de fiscalização do órgão. “O Instituto esclarece ainda que, após o registro, as constatações observadas no local são submetidas à análise técnica, para emissão do parecer que indica se houve irregularidade. O Naturatins assegura que independente de qual seja a denúncia, uma vez comprovada a irregularidade, o responsável pela infração ou crime ambiental, fica sujeito à penalização”, informou.

A Polícia Civil também confirmou que foi registrado um boletim de ocorrência na 80ª Delegacia de Polícia (Novo Acordo) e que um inquérito policial foi instaurado, com expedição de Ordem de Missão para que os fatos sejam investigados.

O MPE não respondeu aos questionamentos enviados pela reportagem. Também não conseguimos contato com o ex-prefeito apontado como responsável pelo suposto crime ambiental.