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Opinião

Dani Verdugo é empresária e headhunter e atua como Executive Search na THE Consulting

Dani Verdugo é empresária e headhunter e atua como Executive Search na THE Consulting Foto: Divulgação

Foto: Divulgação Dani Verdugo é empresária e headhunter e atua como Executive Search na THE Consulting Dani Verdugo é empresária e headhunter e atua como Executive Search na THE Consulting

A Inclusão Trans ainda representa um tabu para inúmeras instituições - é um fato. Apesar disso, cada vez mais discute-se acerca de sua importância - o que acaba por acarretar, gradativamente, o surgimento de oportunidades formais no País neste sentido.

No período de um ano - janeiro de 2020 a janeiro de 2021 - a plataforma Transempregos, por exemplo, conquistou um crescimento de 315%. Além disso, empresas de grande porte das mais diversas nacionalidades têm investido na seleção e retenção de profissionais transgênero - independentemente do setor.

Mas a verdade é que, apesar da crescente evolução do mercado de trabalho em direção ao respeito à diversidade, muitos indivíduos ainda sentem o acanhamento no momento do processo seletivo, entre outras situações - dado o histórico de discriminação sofrido por estes profissionais.

Com vistas a reduzir esse tipo de desafio, estados como São Paulo e Rio de Janeiro têm oferecido projetos que visam o suporte para o desenvolvimento desses candidatos. O intuito é restaurar sua autoestima e retirá-los do cenário de vulnerabilidade - ainda tão pungente.

Um exemplo é o programa Transcidadania, que existe há 13 anos. A iniciativa da Secretaria Municipal de Direitos Humanos de São Paulo concentra-se na progressão escolar e na capacitação de trans e travestis. Ao todo, são 510 vagas distribuídas na capital paulista, e os participantes recebem uma bolsa mensal no valor de R$ 1.097,25.

A deputada estadual Renata Souza (PSOL), do estado do Rio de Janeiro, apresentou um projeto de lei que propõe obrigatoriedade, a empresas privadas que recebem incentivos fiscais, de reserva de 5% de suas vagas para travestis e transexuais.

Frente a tantos percalços, o que precisa ser ressaltado aqui é o fato de que contratar candidatos transgênero não deve ser encarado como um favor - porque, de fato, não é. Afinal, trata-se de um profissional como outro qualquer, que, no fim das contas, representa a mesma possibilidade de lucro para a organização a que presta seus serviços.

*Dani Verdugo, empresária e headhunter, atua como Executive Search na THE Consulting.