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Estado

Foto: Geovana Albuquerque/Agência Saúde

Foto: Geovana Albuquerque/Agência Saúde

A presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado do Tocantins (Sindjor), Alessandra Bacelar, explicou que a entidade ainda não apresentou de forma oficial ao Governo do Estado pedido de inclusão dos profissionais de comunicação entre os grupos prioritários do plano estadual de imunização contra a covid-19. “Estamos vivendo duas pandemias, uma da doença e outra da desinformação. Os jornalistas tem trabalhado incansavelmente para informar a população e combater as falsas informações, nesse sentido a Fenaj orientou aos Sindicatos que buscassem, na medida do possível, solicitar a inclusão dos jornalistas como atividade essencial e quando da disponibilidade, os profissionais que estão nas redações e ruas fossem vacinados”, explicou Bacelar.

Em uma carta circular, a Fenaj (Federação Nacional dos Jornalistas) orientou os sindicatos que se dirijam aos governos estaduais pedindo a inclusão dos jornalistas entre os grupos prioritários. “De maneira similar a outras profissões que estão na linha de frente de combate à pandemia, como profissionais de saúde, professores, policiais militares, bombeiros, os jornalistas são obrigados a se colocar em risco, garantindo a todo cidadão e cidadã o acesso à informação correta e de fontes credíveis, ajudado a combater a circulação de das chamadas “fake news” e, consequentemente, contribuindo para salvar vidas”, justificou a Fenaj no documento.

Alessandra Bacelar destaca que apesar da essencialidade do serviço prestado pelos profissionais de comunicação – reconhecida até mesmo no Decreto 10.288 do Governo Federal, de março de 2020 –, a categoria não é classificada como grupo prioritário para vacinação. “Nosso trabalho é essencial, e por nossa exposição ao risco de contágio, poderíamos sim ser vacinados. Mas não queremos furar a fila. Dentre as prioridades, sabemos que nosso lugar é um pouco mais adiante na fila”, justificou a presidente.

Requerimentos

As deputadas estaduais Luana Ribeiro (PSDB) e Cláudia Lelis (PV) apresentaram requerimentos solicitando a inclusão dos profissionais da imprensa nos grupos prioritários. “O jornalismo é essencial para o acesso à informação, os profissionais da comunicação têm atuado na linha de frente e estão diariamente expostos, desempenhando um papel fundamental na apuração das informações relacionadas à covid-19. Precisamos garantir que esses profissionais atuem com segurança”, argumentou Luana Ribeiro.

“São profissionais que desempenham atividades consideradas essenciais durante a pandemia, e por isso solicitamos que o governo do Tocantins inclua esses trabalhadores no grupo prioritário da vacinação da COVID-19. Sabemos que outros estados brasileiros, a exemplo da Paraíba, estão incluindo esses profissionais, como também professores e agentes de segurança na lista de prioridades, e tenho certeza que o Governo do Estado será sensível a esse período”, ponderou a deputada Cláudia Lelis.

A Secretaria de Estado da Saúde (SES) informou que segue o Plano Nacional de Imunização (PNI), bem como as orientações e determinações do Ministério da Saúde (MS). "Portanto, alterações nos grupos prioritários podem ocorrer na medida que sejam aprovadas no âmbito nacional e com aumento da disponibilidade do imunizante", informou a pasta.

Vacinação

Até às 13h desta quinta-feira, 8, apenas 7,72% da população tocantinense foi vacinada – o percentual corresponde às 121.426 pessoas que tomaram a 1ª dose do imunizante. Destas, 38.216 já tomaram também a 2ª dose, completando a imunização.

O estado já recebeu 270.250 doses da vacina contra covid-19, das quais 215.968 foram distribuídas aos municípios, responsáveis pela vacinação. O estado está em 23º lugar no ranking nacional de vacinação.