Ainda sem data para votação, o Projeto de Lei que autoriza a compra de vacinas contra a covid-19 pelo setor privado deve encontrar pouca resistência no Senado. O texto foi aprovado na Câmara na última terça, 6, por 317 votos contra 120, com duas abstenções.
Dos três senadores tocantinenses, apenas Kátia Abreu (PP) se manifestou a respeito do polêmico projeto. Ela definiu a proposta como absurdo e que na prática se trata de um “fura-fila das vacinas”.
A senadora pediu para o presidente do senado, Rodrigo Pacheco (DEM/MG) que não paute o projeto sob risco de ser uma vergonha internacional para o Brasil. “Se querem proteger as empresas de um lado, em detrimento do povo, mais uma vez vai permitir o fura-fila. Quem tem dinheiro tem vacina, quem não tem dinheiro não tem vacina. Vai explicar isso para o povo brasileiro”, questionou a senadora.
Para Kátia Abreu, a proposta pode desorganizar o Programa Nacional de Imunização (PNI), com empresas privadas comprando vacinas que deveriam ser destinadas à vacinação gratuita dos brasileiros. “É óbvio que vão desvirtuar da fila da nação e vender mais caro. Nós já enfrentamos esse cartel muitas vezes, o lobby pesado dentro do Congresso Nacional. Eu entendo a pressão que é feita, mas nós temos que resistir à essa pressão. O fura-fila não”, declarou.
O Conexão Tocantins também tentou ouvir a opinião dos os senadores Irajá Abreu (PSD) e Eduardo Gomes (MDB), mas não conseguimos contato.