Está prevista para a próxima semana a ampliação da vacinação contra a Covid-19 para o grupo das pessoas abaixo de 50 anos, com comorbidades. Para a nova etapa, a orientação da Semus é que as pessoas inseridas neste grupo organizem os documentos comprobatórios do seu estado de saúde para facilitar o processo da imunização. A faixa etária exata será divulgada nos próximos dias.
A coordenadora da Vigilância em Saúde, Marta Malheiros, lembra que os usuários precisam apresentar exames, laudos, entre outros documentos que comprovem sua comorbidade e quadro clínico. “É importante que todos estejam informados sobre as exigências do Ministério da Saúde para imunização deste grupo, e tenham tempo hábil para preparar a documentação“, reforça.
Para receber a vacina, a pessoa deve comparecer ao local da vacinação com documentos pessoais (RG ou CNH), Cartão de Vacina, laudo ou relatório médico comprovando a comorbidade. No caso das mulheres grávidas, é necessário também levar exame que ateste a gestação. Já as puérperas precisam levar registro de nascimento do recém-nascido ou Declaração de Nascido Vivo ou Natimorto, que ateste o parto ocorrido em até 45 dias.
Acompanhe abaixo a lista atualizada de comorbidades e deficiências permanentes após a ampliação.
• Pessoas com Síndrome de Down, a partir de 18 anos;
• Pessoas com uso recente de imunoglobulinas, a partir de 18 anos — com, pelo menos, um mês de intervalo entre a administração da imunoglobulina e a vacina, de forma a não interferir na resposta imunológica;
• Pessoas em uso de Antiagregantes Plaquetários e Anticoagulantes Orais, a partir de 18 anos — por cautela, a vacina pode ser administrada o mais longe possível da última dose do anticoagulante direto);
• Portadores de Doenças Reumáticas Imunomediadas (DRIM) — a vacinação em pacientes com DRIM deve ser individualizada, levando em consideração a faixa etária, a doença reumática autoimune de base, os graus de atividade e imunossupressão, além das comorbidades, recomendando-se que seja feita preferencialmente sob orientação de médico especialista;
• Pacientes oncológicos, transplantados e demais pacientes imunossuprimidos, a partir de 18 anos - Imunossuprimidos são indivíduos transplantados de órgão sólido ou de medula óssea; pessoas vivendo com HIV; doenças reumáticas imunomediadas sistêmicas em atividade e em uso de dose de prednisona ou equivalente > 10 mg/dia ou recebendo pulsoterapia com corticóide e/ou ciclofosfamida; demais indivíduos em uso de imunossupressores ou com imunodeficiências primárias; pacientes oncológicos que realizaram tratamento quimioterápico ou radioterápico nos últimos 6 meses; neoplasias hematológicas;
• Doença de Chron, a partir de 18 anos;
• Síndrome de Cushing, a partir de 18 anos;
• Lúpus eritematoso sistêmico, a partir de 18 anos;
• Imunodeficiência primária com predominância de defeitos de anticorpos, a partir de 18 anos;
• Pneumopatias crônicas graves, a partir de 18 anos - Indivíduos com pneumopatias graves incluindo doença pulmonar obstrutiva crônica, fibrose cística, fibroses pulmonares, pneumoconioses, displasia broncopulmonar e asma grave (uso recorrente de corticoides sistêmicos, internação prévia por crise asmática);
• Doenças que causam deficiências intelectuais e/ou motoras e cognitivas como a Síndrome Cornélia de Lange, a partir de 18 anos;
• Doença de Huntington, a partir de 18 anos;
• Doenças raras como anemia falciforme e talassemia maior, a partir de 18 anos;
• Doença renal crônica, a partir de 18 anos;
• Diabetes mellitus Tipo 1, Tipo 2 ou Gestacional, a partir de 50 anos;
• Trombofilia (para gestantes);
• Hipertensão arterial, a partir de 50 anos;
• Doenças cardiovasculares, a partir de 50 anos - Insuficiência cardíaca (IC) IC com fração de ejeção reduzida, intermediária ou preservada; em estágios B, C ou D, independente de classe funcional da New York Heart Association;
• Cor-pulmonale e Hipertensão pulmonar, a partir de 50 anos - Cor-pulmonale crônico, hipertensão pulmonar primária ou secundária;
• Cardiopatia hipertensiva, a partir de 50 anos - Cardiopatia hipertensiva (hipertrofia ventricular esquerda ou dilatação, sobrecarga atrial e ventricular, disfunção diastólica e/ou sistólica, lesões em outros órgãos-alvo);
• Síndromes coronarianas, a partir de 50 anos - Síndromes coronarianas crônicas (Angina Pectoris estável, cardiopatia isquêmica, pós Infarto Agudo do Miocárdio, outras);
• Valvopatias, a partir de 50 anos - Lesões valvares com repercussão hemodinâmica ou sintomática ou com comprometimento miocárdico (estenose ou insuficiência aórtica; estenose ou insuficiência mitral; estenose ou insuficiência pulmonar; estenose ou insuficiência tricúspide, e outras);
• Miocardiopatias e Pericardiopatias, a partir de 50 anos- Miocardiopatias de quaisquer etiologias ou fenótipos; pericardite crônica; cardiopatia reumática;
• Doenças da Aorta, dos Grandes Vasos e Fístulas arteriovenosas, a partir de 50 anos - Aneurismas, dissecções, hematomas da aorta e demais grandes vasos;
• Arritmias cardíacas, a partir de 50 anos - Arritmias cardíacas com importância clínica e/ou cardiopatia associada (fibrilação e flutter atriais; e outras);
• Cardiopatias congênitas no adulto, a partir de 50 anos - Cardiopatias congênitas com repercussão hemodinâmica, crises hipoxêmicas; insuficiência cardíaca; arritmias; comprometimento miocárdico;
• Próteses valvares e Dispositivos cardíacos implantados, a partir de 50 anos - Portadores de próteses valvares biológicas ou mecânicas; e dispositivos cardíacos implantados (marca-passos, cardio desfibriladores, ressincronizadores, assistência circulatória de média e longa permanência);
• Doença cerebrovascular, a partir de 50 anos - Acidente Vascular Cerebral (AVC) isquêmico ou hemorrágico; ataque isquêmico transitório; demência vascular;
• Obesidade mórbida, a partir de 50 anos - Índice de massa corpórea (IMC) ≥ 40;
• Cirrose hepática a partir de 50 anos - Cirrose hepática Child-Pugh A, B ou C.
(Secom Palmas)