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Ciência & Tecnologia

Foto: Divulgação

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A Universidade Federal do Tocantins (UFT), por meio do curso de Enfermagem, participa do início das atividades da pesquisa nacional Nascer Brasil 2: inquérito nacional sobre perdas fetais, partos e nascimentos, coordenada pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Os estudos iniciam a partir do dia 7 de junho, no Hospital e Maternidade Dona Regina e contará com a participação da pesquisadora da Fiocruz Maria do Carmo Leal.

Para a pesquisa no Tocantins, algumas maternidades do estado foram selecionadas e duas docentes do curso de Enfermagem da UFT estão na equipe, sendo a professora Christine Ranier Gusman - coordenadora estadual e a professora Danielle Rosa Evangelista - supervisora estadual que trabalharão para a coleta de dados.

A professora Danielle explica que esta pesquisa é uma nova edição da primeira realizada há cerca de 10 anos é "possibilitará a agregação de novas informações sobre mortalidade e morbidade materna, fetal e neonatal ao inquérito, que acontece em âmbito nacional, em todos os estados da Federação, incluindo o Distrito Federal", destaca.

"É uma honra para nossa comunidade acadêmica estar novamente vinculada a uma pesquisa dessa magnitude, potência e importância em um cenário onde temos um coeficiente de morte materna cerca de dez vezes maior do que nos países desenvolvidos", complementa Danielle.

Entenda

Entre os anos de 2008 e 2012 foi realizado pela primeira vez a pesquisa “Nascer no Brasil: Inquérito Nacional sobre Parto e Nascimento”, coordenada pela Fundação Oswaldo Cruz, e contou com a participação de diversas instituições de ensino e pesquisa do país e da Agência Nacional de Saúde Suplementar. Nessa ocasião, a UFT também participou, sendo representada pela professora Christine Ranier Gusman, à época lotada no curso de Medicina, que contribuiu coordenando a coleta de dados no Tocantins.

O estudo propiciou o primeiro diagnóstico de parto e nascimento no Brasil, expondo a dimensão do problema perinatal, com relevantes informações acerca das condições socioeconômicas das mulheres, seus fatores de risco gestacionais, acesso aos serviços de saúde e a qualidade do atendimento, condições de parto e nascimento, além dos principais desfechos maternos e neonatais.

Conforme a professora Danielle, até o momento foram publicados mais de 50 artigos científicos utilizando dados dessa pesquisa; foram realizadas mais de 100 apresentações em eventos científicos nacionais e internacionais; além de outras produções acadêmicas como mestrado e doutorado. "O diagnóstico trazido pelo Nascer no Brasil foi importante para orientar políticas públicas do Ministério da Saúde na área da saúde da mulher e da criança e sua continuidade é fundamental para monitorar os resultados perinatais, permitindo um acompanhamento continuado desses indicadores", explica.