O desemprego no Tocantins aumentou mais de três pontos percentuais no primeiro trimestre de 2021 em comparação ao mesmo período do ano passado. A taxa de pessoas desocupadas no estado ficou em 20,3% nos primeiros três meses deste ano, contra 17,3% registrados no primeiro trimestre de 2020.
Os dados são do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), com base na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (PnadC/IBGE), para o período.
Os indicadores mostram que no Tocantins o número de pessoas desocupadas e em situação de desalento (que desistiram de procurar emprego) passou de 81 mil no primeiro trimestre de 2020 para 123 mil no mesmo período de 2021.
O número de pessoas ocupadas, segundo a pesquisa, consequentemente diminuiu de 640 mil para 630 mil no período. Ainda de acordo com o Dieese, a proporção de pessoas desocupadas que estão procurando emprego há mais de 5 meses no estado ficou em 52,7% nos três primeiros meses deste ano, contra 42,4% do primeiro trimestre de 2020.
Comparativo mostra situação do desemprego no Tocantins e Brasil (Fonte: Dieese)Brasil
Em todo o país, a taxa de pessoas desocupadas e desalentadas ficou em 19,5% nos três primeiros meses deste ano, com um total de 14,8 milhões de desempregados em todo o país. No primeiro trimestre de 2020, a taxa estava em 16%, com 12,9 milhões de trabalhadores desocupados.
Já o número de pessoas ocupadas no Brasil caiu de 92,2 milhões para 85,7 milhões no período comparado. A quantidade de pessoas fora da força de trabalho passou de 67,3 milhões para 76,5 milhões.
Mais de 61,3% dos trabalhadores desocupados não encontram emprego no Brasil há mais de 5 meses. No primeiro trimestre de 2020 a taxa de pessoas nessa situação era de 49,6%.
Pandemia
De acordo com o Dieese, a pandemia de covid-19 veio aprofundar o quadro de desestruturação do mercado de trabalho que já era grave. “A comparação do 1º trimestre de 2021 com o 1º de 2020, antes do início da pandemia, indica que o mercado de trabalho ainda está longe de dar sinais de recuperação”, afirma a publicação.