Com todos os 100 touros reprodutores ofertados vendidos, o Leilão Virtual Nelore RMS – Fazenda São Francisco conseguiu uma arrecadação total de quase R$ 2,4 milhões. O evento, realizado na segunda-feira, 28 de junho, em Paraíso - com suporte de pontos de encontro em Porangatu (GO) e na Vila Canopus em Altamira (PA) - foi o sétimo promovido pela empresa.
Por tradição, a RMS opta sempre por efetuar a atividade no mês de junho. Assim como em 2020, a pandemia do novo coronavírus fez com que os organizadores optassem pelo modo virtual, evitando a grande aglomeração de pessoas. “Felizmente o público tem aceitado e o nosso leilão foi um sucesso. Claro que isso ocorre muito pela qualidade dos animais que disponibilizamos e por todo o trabalho organizado”, destacou o pecuarista, empresário e advogado Romes Mota.
Cada touro foi comercializado pelo preço médio de R$ 23,8 mil. Os compradores são de seis estados diferentes: Tocantins, Goiás, Bahia, Mato Grosso, Pará e São Paulo.
Genética e história
Para Romes Mota, a genética de alto padrão dos animais vendidos e o avanço da pecuária tocantinense foram fundamentais para ter essa diversidade de compradores. “Nos últimos dois anos, as exportações da pecuária tocantinense têm crescido muito, chegando a US$ 133 milhões apenas nos primeiros cinco meses de 2021. Isso mostra que aqui no Estado temos gado de corte de altíssimo nível e a RMS faz parte de todo esse processo”, explicou Romes Mota.
O empresário destacou que seu amor pela pecuária tem origem histórica de berço, remontando ao seu tataravô e aos bisavôs. “Meu tataravô, Manoel Silvério Xavier, criava gado naquela época em larga escala, para o fornecimento de carne na manutenção das minas de ouro (em Minas Gerais). Posteriormente vieram meus bisavôs, o português Calisto Alves e o italiano Antônio Mota, tropeiros que se dedicaram à criação de caracu. As gerações futuras foram intensificando a pecuária e se dedicando a criação e seleção de raças zebuínas para produção de corte e leite. Com a construção de Brasília, grande parte da família veio para o antigo norte goiano buscando novas fronteiras e aqui estamos até hoje, junto com atividades em vários outros estados do Brasil. Enquanto jovem, na companhia dos pais, dediquei-me à criação e seleção de gado Nelore”, pontua, ao destacar a parceria do irmão Ricardo Mota, sempre companheiro nas atividades da advocacia e pecuária. Ricardo Mota vem se dedicando a criação do Nelore Mocho Marca RM, prevista para estar no mercado em breve e com o objetivo de atender “os criadores que gostam de qualidade”.
O próprio leilão de segunda-feira teve um envolvimento completo da família. O ponto de encontro de Porangatu e a preparação dos animais para a filmagem do leilão, que aconteceu na fazenda da cidade de Peixe, tiveram o trabalho conjunto de Rivany Mota (irmã de Romes) e seu filho Gustavo Lima. Já na Vila Canopus, os trabalhos ficaram por conta de Romes Filho e de Zalem.
Em Paraíso, principal ponto do leilão, a organização ficou a cargo de Kamila Mota e Maria Carolina Mota, filhas de Romes. O evento também contou com a presença de empresários do meio rural e de autoridades como o prefeito Celso Morais, o deputado federal Carlos Gaguim, a deputada estadual Luana Ribeiro e o superintendente do Banco da Amazônia, Marivaldo Melo.