O Ministério Público Eleitoral se manifestou no processo da Operação Ápia contra o ex-superintendente de Operação e Conservação de Rodovias da Agetrans, Renan Bezerra de Melo Pereira. O promotor eleitoral Fábio Lang quer a habilitação do delegado da Polícia Federal, Fernando Knewitz, para que preste informações no processo.
Na manifestação, o promotor quer que o Knewitz esclareça se houve ocorrência, ou ao menos indícios, de crime eleitoral no processo. Ainda, se as denúncias são conexas com possíveis crimes eleitorais e se há “procedimento investigatório para averiguar e carrear provas aos autos, referente a prática de qualquer espécie de crime descrito no Código Eleitoral ou leis esparsas eleitorais”, assinala.
Réu em um dos processos da Operaçao Ápia, Renan Bezerra voltou para o Governo do Estado no último dia 4 quando foi nomeado pelo governador Mauro Carlesse (PSL) como coordenador de residências rodoviárias na Ageto – Antiga Agetrans – mesmo órgão que ocupava na época dos supostos atos de corrupção alvos da operação.
Juntamente com os ex-governadores Siqueira Campos e Sandoval Cardoso; o ex-secretário de Relações Institucionais e de Planejamento e Modernização da Gestão Pública e atual deputado estadual José Eduardo Siqueira Campos; o ex-secretário estadual de Infraestrutura e presidente da Agência de Máquinas e Transportes do Estado do Tocantins (AGETRANS) Alvicto Ozores Nogueira e o empresário Wilmar Oliveira de Bastos, Renan Bezerra é acusado de peculato, corrupção ativa, corrupção passiva, desvio de finalidade e lavagem de dinheiro.
De acordo com o Ministério Público Federal (MPF), os políticos e agentes públicos investigados teriam agido para desviar em proveito próprio e em favor de Wilmar Oliveira de Bastosverbas públicas destinadas a obras de terraplanagem, pavimentação asfáltica e recuperação de vias públicas estaduais e vias urbanas. Os agentes públicos, sempre com autorização e supervisão dos ex-governadores, determinavam que a empresa EHL – Eletro Hidro Ltda fosse vencedora de processo licitatório e ainda realizavam aditivos contratuais ilegais e medições fraudulentas. As investigações mostram que o grupo desviou mais de 35 milhões de reais.