O presidente Bolsonaro é um “pentelho” de viés antidemocrático e tirânico, que, escudado em meia dúzia de generais do Exército, está conflagrando o país com os seus desrespeitos anticivilizatórios aos indivíduos, à imprensa, às instituições, ao Supremo Tribunal Federal (STF), bem como ao Legislativo.
Não tem estofo ético e moral para ingressar com pedido de cassação de ninguém. Se não fossem os poltrões Rodrigo Maia e Arthur Lira, diante da avalanche de pedidos de impeachment sobrestados na Câmara Federal, o presidente Bolsonaro já teria sido cassado regularmente.
Bolsonaro, de forma inusitada e fora do padrão civilizatório, deseja fazer valer a sua maneira prepotente de governar, avançando a racionalidade democrática para atingir com a sua fúria abismal o ministro do STF Alexandre de Moras, que, respaldado no plenário do STF, executa decisões que desagradam o presidente da República.
Bolsonaro é um caso patológico e que, inclusive, foi, de fato, expulso do Exército por acusações de plano de explodir bombas em unidades militares em 1987.
As decisões do STF podem ser questionadas por qualquer cidadão de forma democrática, mas devem ser cumpridas. E para que as decisões do STF não tragam em seu bojo vestígio de parcialidade, mormente quando estão em jogo interesses políticos, faz-se necessária a despolitização da Suprema Corte, revogando-se o Parágrafo único do Art.101 da CF, que dá poder ao presidente da República de nomear os ministros do STF.
*Júlio César Cardoso é servidor federal aposentado