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Educação

Foto: Luís Boenergio

Foto: Luís Boenergio

Temas sobre a importância do acolhimento, envolver as famílias no processo educativo, como tornar as crianças protagonistas, a educação inclusiva e orientações de como contar uma boa história foram abordados no 13º Fórum Permanente de Educação Infantil do Tocantins (Feito), que ocorreu no formato online, na última sexta-feira, 27. O evento foi realizado em parceria com o Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas).

Mais de nove mil pessoas assistiram as transmissões, entre profissionais da rede municipal e ainda de instituições públicas e privadas da educação infantil de municípios da região norte e outras regiões do país. A transmissão, dividida no período matutino e vespertino, contou com a acessibilidade para pessoas com deficiência, como tradução em Libras (Língua Brasileira de Sinais) e Closed Caption.

Na abertura do Feito, a secretária municipal de educação destacou sobre a importância da realização do evento, mesmo em tempos de pandemia. “Não deixamos de realizar o Feito, isso demonstra que as novas ferramentas vieram para ficar. Consideramos a educação infantil como uma das etapas mais belas e importantes de nossas crianças, uma vez que é nessa fase que as crianças começam a existir fora do convívio da família”, disse Elizangela Moura.

O prefeito também esteve presente. Ele parabenizou o trabalho desenvolvido pelos profissionais da educação e, que mesmo em tempos difíceis, a educação tem se desenvolvido. “Estamos avançando e melhorando, investindo em novas escolas, nossa escola de tempo integral está em andamento e, mesmo diante dos desafios, estamos implementando novas ferramentas para continuar oferecendo educação de qualidade”, disse o prefeito de Araguaína, Wagner Rodrigues.

Protagonismo da Educação Infantil

A primeira palestra foi ministrada pela professora, mestra Maridalva Bertacini com mais de 30 anos de experiência e o vice-presidente da Undime SP (União dos Dirigentes Municipais de Educação do Estado de São Paulo), Marcelo Batista.

Eles abordaram temáticas sobre a escuta ativa como uma forma de acolhimento, além de permitir que a criança se expresse, para ser uma protagonista do seu próprio desenvolvimento e da importância de sensibilizar e se aproximar das famílias para uma parceria no processo da educação infantil. “Possibilitamos situações que permitem a cooperação e solidariedade? Aí está expresso uma forma de protagonizar. Sendo solidário, dessa forma, eu tenho um olhar que permite a criança desenvolver a empatia”, explicou a educadora Maridalva Bertacini.

Ao fim da apresentação dos profissionais, a iniciativa de realizar o evento foi elogiada. “Observando toda a documentação de Araguaína e lendo sobre o Feito eu percebi o quanto vocês se preocupam com a totalidade, com a inclusão, com a cultura de vivência de todos os alunos. Está aqui do estado de São Paulo falando para uma galera que entende de educação de uma forma tão carinhosa é motivo de muito orgulho”, ressaltou Marcelo Batista.

Inclusão na primeira infância: Isto é possível?

Ministrada pela palestrante Claudia Werneck, jornalista com especialização em Comunicação e Saúde, idealizadora da Escola de Gente, ativista brasileira em direitos humanos, pioneira na disseminação do conceito de sociedade inclusiva (ONU) na América Latina e autora de 14 livros sobre inclusão. Na live, ela defendeu a implantação da educação inclusiva na primeira infância garantido ser possível.

A jornalista abordou também sobre o valor imutável do ser humano, a importância de respeitar as diversidades, da criança conhecer o mundo como ele realmente é, sobre a necessidade de uma comunicação acessível para todos os públicos e que vai além do ambiente escolar.

“Não existe creche inclusiva, sem comunicação acessível. Quando todas as pessoas se encontrarem com as suas singularidades vamos encontrar soluções que nunca encontramos, isso para mim é muito edificante e tem que começar na infância”, defendeu Cláudia Werneck.

"Tenho mesmo que contar histórias? Uma pausa para conversa, cantoria e história". Esse foi o tema da última palestra do Feito, ministrada pela cantora e contadora de histórias Carol Levy, que iniciou a conversa relatando sua trajetória profissional e contou uma história de forma lúdica que ganhou elogios dos internautas que participaram da transmissão.

A profissional também falou sobre a diferença de narrar e mediar, deu dicas de como contar uma história e sobre a importância da literatura para o desenvolvimento das crianças. “O livro pode ser um grande objeto de exploração e de brincadeira em sala de aula, um motivo para que todos se divirtam e a criança tenha uma experiência de descoberta. A literatura tem um poder não só de melhorar o vocabulário, ela faz muito mais”, explicou Carol Levy.

Investimento na educação

Cerca de 40% do orçamento do Município é destinado para educação, o que contribuiu para dobrar a capacidade de atendimento, que saltou de 12 para mais de 25 mil alunos em Araguaína, garantindo vagas para todos. Desde 2013, a Prefeitura de Araguaína entregou 16 novas unidades de ensino, atualmente, há a construção de uma escola de tempo integral na Vila Azul e outras quatro unidades, nos setores Maracanã e Araguaína Sul e nos assentamentos Manoel Alves e Paraíso.

Como resultado das ações na área, o Município tem recebido vários prêmios a nível nacional pela evolução nos seus índices educacionais, com o Prêmio Excelência em Educação do Instituto Ayrton Senna em 2015, e o Prêmio Excelência em Gestão Pedagógica e em Infraestrutura em 2016.