Cerca de 15 estados registram bloqueios ou tentativas de paralisação em rodovias federais. No Tocantins, grupos bloqueiam trechos em Araguaína, Paraíso do Tocantins, Gurupi e Miranorte. Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), todos com bloqueio parcial, impedindo a passagem apenas de caminhões.
O movimento pelo País é organizado por caminhoneiros empregados em empresas do setor do agronegócio, um dia após manifestantes pró-governo pedirem, dentre outras pautas, o fechamento do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Congresso Nacional. Alguns postos já começaram a ficar sem combustíveis. As reais reivindicações ainda não foram divulgadas. Nas redes sociais alguns informam que a manifestação é pela "liberdade".
Na Marra
Segundo informações, o movimento é movido por empresas do agronegócio. Ao portal Metropoles, o presidente do Sindicatos dos Transportadores Autônomos de Carga de Goiás (Sinditac), Vantuir Rodrigues, o movimento de bloqueios em rodovias que cortam o Estado não é encabeçado pela categoria. “Essa manifestação não é dos caminhoneiros, essa manifestação é do agronegócio que está usando o nome dos caminhoneiros”, explicou.
Vantuir afirmou que os participantes do ato são celetistas e ligados a grandes empresas. “Os caminhoneiros estão participando na marra. Eles são vinculados a grandes empresas, celetistas, não são os autônomos. Se tiver um ou outro autônomo, é porque eles pagaram”, afirmou ele.
O presidente do Conselho Nacional do Transporte Rodoviário de Cargas (CNTRC), Plinio Dias, em entrevista ao Metrópoles, garantiu que a entidade não está envolvida na organização de atos. “Não estamos apoiando isso, porque não é pauta dos caminhoneiros. Isso é uma ação popular e vai quem quiser”, explicou.
PRF
Em grupos de aplicativos de mensagem organizadores tem afirmado ter apoio da Polícia Rodoviária Federal nos atos. Entretanto, no Tocantins, a assessoria de comunicação da PRF informa que a entidade não está apoiando nenhum movimento de interdição de rodovia. (Atualizada às 10h40 de 9/09/2021)