A partir do dia 20 de setembro começa o período do vazio sanitário do algodão no Tocantins e prossegue até o dia 20 de novembro. À medida que ocorre sazonalmente é amparado pela legislação estadual, instituída pela Instrução Normativa Nº 02 de 25 de janeiro de 2021. O objetivo é evitar a proliferação de pragas na cultura, como é o caso do bicudo do algodoeiro.
Com este período de 60 dias, as chances de atrasar o surgimento do bicudo do algodoeiro na próxima safra são maiores. A Agência de Defesa Agropecuária do Estado (Adapec) irá monitorar as lavouras para garantir o cumprimento do vazio sanitário, que é uma ferramenta legislativa de extrema importância para combater essa praga, evitando que afete as lavouras e consequentemente a economia.
A Agência é responsável por fiscalizar e monitorar as lavouras do algodoeiro no Estado, sendo obrigatório o cadastramento dos produtores. Antes do início do vazio, os inspetores e fiscais da Agência realizam fiscalização nas lavouras cadastradas para notificar os produtores sobre o período proibitivo.
"Durante o vazio, caso haja plantas vivas de algodão com risco fitossanitário, ou seja, plantas do algodoeiro tigueras acima do estádio V3 e plantas rebrotadas (soqueiras) com mais de quatro folhas por broto ou presença de estruturas reprodutivas, o produtor sofrerá com as penalidades previstas na legislação", explica o inspetor de defesa agropecuária, Cleovan Barbosa.
Vale lembrar que, durante o vazio somente é permitido o cultivo de planta viva do algodão quando destinadas à produção de sementes genéticas e pesquisas científicas, ambas permitidas pela legislação presente na IN nº 02.
Dados
De acordo com os dados da Adapec, neste ano a cotonicultura no Estado ocupou uma área de 3.121 hectares, disposta entre os municípios de Tocantínia, Dianópolis e Campos Lindos. Ao todo, o Tocantins produziu 10,76 mil toneladas do algodão em caroço.
Bicudo do Algodoeiro
Os adultos são besouros com coloração cinza ou castanha, com 3 mm a 7 mm de cumprimento. Infesta as lavouras de algodão desde o início da emissão de botões florais até a colheita, podendo ter de 4 a 6 gerações em um ciclo da cultura e se não controlado pode causar perdas de até 70% da produção.