Encerra nesse sábado, 25, o prazo para colheita de sementes de soja nas planícies tropicais que compreende os municípios de Lagoa da Confusão, Cristalândia, Pium, Formoso do Araguaia, Dueré e Santa Rita. De acordo com a Agência de Defesa Agropecuária (Adapec), nesta safra foi cultivada uma área de 71.327 hectares, um aumento de cerca de 7% em relação a 2020.
A janela de plantio da oleaginosa iniciou no dia 20 de abril, e neste ano, a Instrução Normativa (IN) nº 05/2021, abriu a possibilidade do produtor de soja salvar sementes para uso próprio nas planícies tropicais, conforme autorização do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
“As planícies tropicais é um patrimônio importante para o agronegócio tocantinense. Desde 2006, a Adapec vem atuando nas várzeas, por meio de fiscalizações, monitoramento da ferrugem asiática e outras pragas, além das atualizações na legislação, que tem permitido ganhos fitossanitários significativos,” disse o presidente da Adapec, Paulo Lima, acrescentando que estas medidas mantêm de forma controlada a ferrugem asiática, principal praga que acomete a cultura da soja.
Monitoramento da Adapec nas lavouras
Segundo dados da Adapec, foram cadastradas na Agência, 140 propriedades rurais produtoras de soja semente, um aumento de 25% em comparação a safra anterior. Neste período, foram realizadas 1.242 fiscalizações em campo, e coleta de 3.030 amostras, envolvendo 20 inspetores de defesa agropecuária (engenheiros agrônomos) neste trabalho.
Dos municípios que compõem as planícies tropicais, Lagoa da Confusão e Cristalândia juntos respondem por 60,9% da área cultivada, com aproximadamente 43,5 mil hectares, seguidos por Formoso do Araguaia com área aproximada de 20,7 mil hectares, Dueré com aproximadamente 3,4 mil hectares, Pium com 1,8 mil hectares e Santa Rita com 1,07 mil hectares.
O responsável técnico pelo Programa Estadual de Controle da Ferrugem Asiática da Soja no Tocantins, Cleovan Barbosa, avaliou como positivo o trabalho da Adapec no controle da ferrugem asiática nesta safra nas planícies tropicais. “No geral, as condições fitossanitárias das lavouras nas Várzeas Tropicais este ano foram ainda melhores do que na safra passada, uma vez que a Agência intensificou mais ainda os monitoramentos. A cada ano estamos atualizando e melhorando nossas normativas, a fim de garantir o patrimônio fitossanitário das lavouras que compõem a excepcionalidade ao vazio sanitário nas várzeas tropicais do Tocantins,” avaliou Cleovan.