O Ministério Público do Tocantins (MPTO) teve suas teses de acusação acatadas pelo Tribunal do Júri, em sessão ocorrida na última quinta-feira, 23, em Arraias, que resultou na condenação do réu Uedimarlei M. da C. a 45 anos de prisão pelos crimes de homicídio qualificado, tentativa de homicídio qualificado, além de porte e ocultação de arma de fogo. Os crimes aconteceram na noite de 28 de setembro de 2019, em Arraias, deixando um morto e dois feridos.
Conforme denúncia formulada pela Promotoria de Justiça de Arraias, o acusado acreditava que a vítima Walas Rodrigues do Carmo estava envolvida no assassinato do irmão dele (inverídica a autoria), ocorrido no dia anterior. Movido por ódio e vingança, de forma premeditada e com uso de arma de fogo, efetuou disparos em direção à vítima, causando sua morte imediata.
Em seguida, visando assegurar ocultação e impunidade do homicídio, ainda atingiu com os disparos outras duas pessoas, Gabriel Rodrigues Chaves, irmão da vítima, e Rhael Silva de Jesus Rodrigues do Carmo, que foram socorridos e receberam atendimentos médicos.
Em plenário, o promotor de Justiça, João Neumann Marinho da Nóbrega, sustentou as qualificadoras de motivo torpe, uso de recurso que dificultou ou impossibilitou a defesa da vítima e o fato de o réu ter agido para assegurar a execução, a ocultação, a impunidade ou vantagem do crime praticado, além de ocultação de arma de fogo.
Após o veredicto do Tribunal do Júri, o juiz Márcio Ricardo Ferreira Machado aplicou a pena de 45 anos de prisão, a ser cumprida inicialmente em regime fechado. Uedimarlei Machado da Cruz encontra-se recolhido na Cadeia Pública de Arraias e não poderá recorrer em liberdade.