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Polí­tica

 Narubia Werreria integrá a live diretamente de Glasgow, na Escócia, onde participa da COP26, evento internacional de discussão das mudanças climáticas

Narubia Werreria integrá a live diretamente de Glasgow, na Escócia, onde participa da COP26, evento internacional de discussão das mudanças climáticas Foto: Divulgação

Foto: Divulgação  Narubia Werreria integrá a live diretamente de Glasgow, na Escócia, onde participa da COP26, evento internacional de discussão das mudanças climáticas Narubia Werreria integrá a live diretamente de Glasgow, na Escócia, onde participa da COP26, evento internacional de discussão das mudanças climáticas

A ativista indígena tocantinense, Narubia Werreria, integrará a live “Povos Indígenas e Política Nacional” a ser realizada a partir das 19 horas desta quarta-feira, 19, com grandes nomes da política Nacional. A transmissão ao vivo será composta por Ciro Gomes (PDT), Rafael Weree (PDT) e Daniel Munduruku, e será mediada por Carlos Luppi (PDT). 

A live será transmitida na página do Facebook de Narubia que fará sua fala diretamente de Glasgow, na Escócia, onde participa da 26ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP-26).

O intuito da live é promover debate entre o movimento indígena nacional e o político Ciro Gomes, que é vice presidente do PDT e um dos nomes cotados para disputar a presidência em 2022. Entre os ativistas indígenas está Rafael Weree, pertencente ao Povo Xavante. Rafael é presidente nacional do Movimento Indígena do PDT. 

Já Daniel Munduruku é professor universitário e escritor brasileiro, com mais de 54 livros publicados com a temática indígena. Daniel pertence ao povo Munduruku e já disputou a Prefeitura de Lorena, interior de São Paulo, em 2020.

Presidente do Instituto Indígena do Tocantins (Idtins), Narubia Werreria luta pelas causas indígenas desde a adolescência quando acompanhava seu pai, o líder indígena João Werreria, nas reuniões do Povo Iny, sua etnia originária, também conhecida como Karajá. A ativista explica a importância de integrar discussões sobre as pautas indígenas com nomes influentes na política Nacional. “Essas pessoas dão maior visibilidade, elas fazem ecoar nossas vozes e quando elas se propõe a trazer os povos indígenas para o debate, elas estão sinalizando que estão dispostas a contribuir com o fortalecimento das nossas pautas e não só de falar por nós, mas de realmente nos colocar como protagonistas”, reforça Narubia.

Já inserido no meio partidário, Daniel Munduruku afirma que muitas vezes a atuação político-partidária é uma barreira a ser vencida para efetivar a inserção de povos indígenas na política: “Os partidos são organizados a partir de uma estrutura que privilegia, grosso modo, seus criadores e os discípulos desses, quando têm alguma ideologia envolvida, ou apenas se presta a ser legenda de aluguel que sopra de acordo com os ventos do momento. Isso gera um impedimento para que lideranças indígenas, sobretudo se são tradicionais, de aldeia, de base, adentrem no sistema”, revela o ativista. O professor universitário também conta que escolheu filiar-se ao PDT devido a trajetória do partido que abrigou nomes como Leonel Brizola e o primeiro indígena a deputado federal na história do Brasil, Mário Juruna.

A importância da presença de representantes dos povos originários é levantada por Narubia Werreria, “A nossa cosmovisão indígena tem muito a contribuir com a sociedade, com uma visão de comunidade real, de compartilhamento. Nós vivemos assim, de forma prática, com uma educação igualitária, com participação política paritária e com o equilíbrio ambiental”, conclui a ativista.