O Hospital Geral de Palmas (HGP) realizou nessa noite de quinta-feira, 2, procedimento de captação de múltiplos órgãos. A ação foi feita graças à autorização de familiares de uma paciente de 26 anos, com diagnóstico de AVC. O procedimento foi realizado após a confirmação da morte encefálica da paciente. Foram captados fígado (Brasília), rins (São Paulo) e córneas (Tocantins) que beneficiará pacientes que esperam por transplante nestes Estados. No total serão cinco pessoas beneficiadas.
Segundo a enfermeira e coordenadora da Central Estadual de Transplante do Tocantins - CETTO, Marília Batista Ribeiro, "Devido o cenário da pandemia, esta é primeira doação de 2021. A ação é um gesto de empatia e amor ao próximo, respeito a vida, que é capaz de mudar a história daqueles que dependem do transplante”, destacou.
O enfermeiro da Comissão Intra-hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes (CIHDOTT), do Hospital Geral de Palmas (HGP), Vinicius Gonçalves Boaventura, ressalta “que para acontecer esta doação tivemos a autorização da família do paciente que é primordial. Disseram "sim" à vida, possibilitando uma nova chance de melhoria da qualidade de vida para aqueles que esperam por uma doação e transplante de um órgão. Os interessados em doar órgãos precisam, primeiramente, informar sua família sobre esse desejo, pois os familiares dos pacientes são os únicos responsáveis pela autorização da captação dos órgãos”, explicou o profissional.
No Tocantins a equipe de profissionais da Central Estadual de Transplante do Tocantins (CETTO), e Comissão Intra Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes – CIHDOTT, Banco de Olhos Público do Tocantins (Boto) que trabalha com afinco durante o processo de doação, que realiza a coleta de córneas e múltiplos órgãos.
Como funciona a doação?
Para que aconteça a doação, é necessário que a família tenha conhecimento do desejo de ser doador, uma vez que parte dela a autorização para captação dos órgãos. A autorização deve ser concomitante ao quadro de morte encefálica, ou seja, quando ocorre uma perda definitiva das funções do cérebro e, por isso, a recuperação do paciente não é mais possível. Neste tipo de quadro, os órgãos permanecem ativos por um curto período de tempo, o que permite então a captação para que sejam remetidos aos receptores. (Secom/TO)