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Saúde

Médica explica como a população pode procurar atendimento em caso de suspeitas e destaca a importância das medidas de higiene para evitar transmissão

Médica explica como a população pode procurar atendimento em caso de suspeitas e destaca a importância das medidas de higiene para evitar transmissão Foto: Marcos Sandes

Foto: Marcos Sandes Médica explica como a população pode procurar atendimento em caso de suspeitas e destaca a importância das medidas de higiene para evitar transmissão Médica explica como a população pode procurar atendimento em caso de suspeitas e destaca a importância das medidas de higiene para evitar transmissão

A Secretaria da Saúde de Araguaína orienta sobre o tratamento da síndrome mão-pé-boca, oferecido na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e nas unidades básicas de saúde (UBS), com exceção da UBS José Rezende que atende apenas casos suspeitos da covid-19. Além do tratamento, as equipes da Saúde realizaram palestras e orientações em creches e escolas da rede municipal para alertar sobre a transmissão da doença e os professores ensinarem os pais a lidarem com os sintomas dos filhos.

Para iniciar o tratamento, o caso do paciente precisa ser avaliado por um médico que irá receitar as medicações adequadas de acordo com os sintomas. ”O tratamento vai ser estabelecido conforme o estado clínico do paciente, pois na maioria das vezes a doença é autolimitada, ou seja, os sintomas regridem espontaneamente, após alguns dias”, destacou a médica que atua na Saúde da Família e Comunidade do Município, Bruna Bringel.

A profissional ainda alerta que apesar da doença viral ser benigna, pode causar desidratação. “As lesões ou aftas na boca são dolorosas e o paciente pode ter dificuldade de ingerir alimentos ou líquidos. Por isso, além dos medicamentos para aliviar os sintomas é necessário ingerir sucos naturais, chás e água para manter a hidratação e alimentos pastosos, no caso de dificuldade para engolir”.

Casos

De acordo com a Vigilância Epidemiológica, na primeira semana de dezembro foram registrados 61 casos em sete creches, antes do período de férias das crianças. Um alerta foi emitido pelo Município para orientar quando o surto viral. Recentemente, a enfermeira Amanda Freitas cuidou da sua filha de 2 anos. A Valentina foi infectada pela doença mão-pé-boca depois do contato com outra criança que estava curada dos sintomas, mas ainda transmitia o vírus. 

“No primeiro dia, minha filha teve uma febre alta. No dia seguinte, começaram a aparecer caroços que pareciam catapora. Esses caroços foram criando bolhas por todo corpo, procuramos atendimento médico desde o início. Com os medicamentos, levaram cerca de 14 dias para eliminar os caroços, posteriormente ela começou a descamar os pés, que foi o último sintoma”, relatou a mãe da criança, que já se recuperou.

Sintomas

A doença mão-pé-boca é uma infecção viral contagiosa causada pelos enterovírus e geralmente acomete crianças. “Embora também possa ser transmitida para adultos, é mais comum na infância, principalmente antes dos cinco anos de idade — o nome da doença é assim devido às lesões que aparecem nesses locais do corpo e outros sintomas específicos como febre, mal-estar, cansaço, falta de apetite, diarreia e vômitos também podem se manifestar”, explicou a médica.

Transmissão e cuidados

A transmissão ocorre por secreções das vias respiratórias, secreções das feridas das mãos ou dos pés e pelo contato com fezes dos pacientes infectados. 

A médica destacou o reforço com a higiene e o distanciamento. “É importante lavar as mãos antes e depois de lidar com a criança doente, principalmente ao levá-la ao banheiro, evitar contato próximo, não compartilhar objetos, além de afastar as pessoas doentes da escola ou trabalho até o desaparecimento dos sintomas, que geralmente duram sete dias após o início dos sintomas”.