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Economia

Foto: Tony Winston

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A taxa média anual de desemprego do Tocantins aumentou de 12,0% em 2020 para 13,3% em 2021. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua Trimestral (PNAD Contínua), divulgada nesta quinta-feira, 24, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Além do Tocantins, apenas Pernambuco, Amapá, Piauí e Pará apresentaram alta. Acre, Paraíba e Ceará mostraram estabilidade e todos os demais estados tiveram queda em suas taxas.

No último trimestre de 2021 a desocupação ficou em 9,6% no Tocantins e apresentou estabilidade frente ao terceiro trimestre do mesmo ano (10,8%). A população desocupada no estado, conforme a PNAD Contínua Trimestral, passou de cerca de 82 mil pessoas para 74 mil, um recuo de 9,7%. Já comparando com o mesmo período de 2020, houve redução de aproximadamente 7 mil tocantinenses na população desocupada (-8,8%).

A pesquisa mostra que o nível de ocupação no estado passou de 54,7% para 55,1% e o contingente da população ocupada registrou crescimento de 2,6%, saindo de cerca de 676 mil para 693 mil. Conforme o IBGE também houve incremento na população fora da força de trabalho (pessoas em idade de trabalhar, mas que não estão procurando emprego): de 477 mil para aproximadamente 491 mil.

De acordo com o levantamento, houve alta no número de trabalhadores formalizados no estado. O IBGE estima que eles passaram de 161 mil pessoas para 169 mil, ou seja, 62,6% dos empregados do setor privado (excluindo trabalhador doméstico) tinham carteira de trabalho assinada, os demais 37,4% (101 mil pessoas) trabalhavam sem carteira. No trimestre anterior, também era menor o contingente de trabalhadores informais (89 mil pessoas).

O Tocantins continua como o segundo estado da Região Norte com o menor percentual de formalizados, perdendo apenas para o Pará (51,1%). No ranking nacional, as Unidades da Federação que apresentaram os maiores índices foram Santa Catarina (87,9%), São Paulo (81,5%), Rio Grande do Sul (80,9%) e os menores no Piauí (48,6%) e Maranhão (50,0%). Tocantins ficou na 9ª colocação (62,6%).

O índice de pessoas trabalhando por conta própria no estado, no período pesquisado, foi de 27%, registrando estabilidade em relação ao terceiro trimestre de 2021 (27%). As unidades da federação com os maiores percentuais foram Amapá (38,0%), Amazonas (36,2%) e Pará (35,0%) e os menores, Distrito Federal (20,9%), Mato Grosso do Sul (23,6%) e São Paulo (23,7%). Tocantins ficou em 12º no ranking nacional e teve o mais baixo percentual da Região Norte.

Apesar desse resultado, a PNAD Contínua aponta que a taxa de informalidade ainda é alta no estado e ficou praticamente estável, passando de 44,7% da população ocupada para 45,2%, no quarto trimestre. As maiores taxas ficaram com Pará (62,7%), Maranhão (59,4%) e Amazonas (58,7%) e as menores, com Santa Catarina (27,3%), São Paulo (31,2%) e Rio Grande do Sul (33,0%). Tocantins ficou em 13º no ranking nacional e registrou novamente o mais baixo percentual da Região Norte.

Para o cálculo da taxa de informalidade são consideradas as seguintes populações: empregado no setor privado sem carteira de trabalho assinada; empregado doméstico sem carteira de trabalho assinada; empregador sem registro no CNPJ; trabalhador por conta própria sem registro no CNPJ; trabalhador familiar auxiliar.

Cenário nacional

A taxa de desocupação do país no 4° trimestre de 2021 foi de 11,1%, caindo 1,5 ponto percentual (p. p.) em relação ao trimestre de julho a setembro do mesmo ano (12,6%) e 3,0 p. p. frente ao mesmo trimestre de 2020 (14,2%). Já a taxa média anual caiu de 13,8% em 2020 para 13,2% em 2021.

Frente ao trimestre anterior, a taxa de desocupação recuou em 15 unidades da federação, com estabilidade nas demais. As maiores quedas foram em Alagoas (2,6 p. p.) e Sergipe (2,5 p. p.). As maiores taxas de desocupação foram as do Amapá (17,5%), Bahia (17,3%), Pernambuco (17,1%) e as menores, de Santa Catarina (4,3%), Mato Grosso (5,9%) e Mato Grosso do Sul (6,4%). Tocantins (9,6%) ficou com o 19º maior percentual no ranking nacional e o 5º, na comparação regional.