A flexibilização do uso de máscaras em locais abertos já é uma realidade em 57,2% dos municípios do País, conforme mostra nova edição da pesquisa sobre a Covid-19 da Confederação Nacional de Municípios (CNM). O levantamento, promovido entre 21 e 24 de março, com 1.939 prefeituras, mostra que 42,1% (816) gestores mantêm a obrigatoriedade do equipamento de segurança como medida de enfrentamento ao coronavírus.
O resultado é bem diferente da última quinzena, onde 89% dos pesquisados mantinham esta obrigatoriedade. Quando se considera a região dos gestores, 73,3% dos nordestinos e 65,4% do Norte ainda seguem com regras mais rígidas. Em relação ao uso de máscaras em ambientes fechados, 68,1% (1.320) disseram que a obrigatoriedade ainda está em vigor e 28,2% (547) afrouxaram a norma. Outros 3,7% não responderam.
A pesquisa também perguntou sobre a aplicação da segunda dose de reforço da vacina contra a Covid-19 em idosos, recomendada por nota técnica do Ministério da Saúde divulgada nesta quarta-feira, 23 de março. Segundo o levantamento, pelo menos 525 gestores já iniciaram este esquema vacinal.
Aulas e vacinação de crianças
Em 87,9% (1.704) dos municípios pesquisados, as aulas já retornaram e estão 100% presenciais; apenas três disseram continuar com a modalidade remota; e em 6,6% (128) as crianças têm aula on-line e presencial. A vacinação de crianças nas escolas é uma estratégia já adotada por 32,5% (609) dos municípios pesquisados nesta 37ª edição do mapeamento. A maioria, 65,1% (1.222) das localidades, no entanto, ainda não aderiu a esse modelo de campanha de vacinação.
De acordo com a pesquisa, 150 (8,2%) gestores precisaram paralisar as aulas do ano letivo. Desses, 21 apontam que o motivo foi o aumento de casos registrados no ambiente escolar. Contudo, em 1.680 (91,7%) o calendário tem sido cumprido sem registros de anormalidades, em relação à proliferação do vírus.
Estado de calamidade
Pelo menos 1.227 prefeitos -- 63,3% dos pesquisados -- concordam com a flexibilização do estado de calamidade sanitária em decorrência da pandemia da Covid-19, enquanto 595 (30,7%) defendem a manutenção do decreto, consequentemente, das medidas extraordinárias permitidas.