Uma equipe de peritos do Instituto de Criminalística da Polícia Civil do Tocantins, juntamente com o delegado Pedro Henrique Félix Bernardes, titular da 66ª Delegacia de Miranorte, esteve na sede do Samu, em Palmas na manhã desta sexta-feira, 3, com o objetivo de realizar perícia técnica nos equipamentos de informática que são encarregados de gravar todas as ligações realizadas no terminal 192.
Conforme explica a autoridade policial, o procedimento se fez necessário a fim de esclarecer se os referidos equipamentos estavam realizando gravações, na data de quinze de agosto de 2021, mais precisamente às 21h23, quando foi solicitado apoio do SAMU para prestar socorro a uma mulher, em Miranorte, a qual tinha caído e necessitava de auxílio médico.
Porém, de acordo com as investigações da 66ª DP de Miranorte, a mulher que sofria de nanismo e era muito querida e conhecida em Miranorte, acabou vindo a óbito por falta de atendimento médico, na manhã do dia dezesseis, uma vez que em virtude da negativa de atendimento, seu quadro clínico se agravou evoluindo para óbito.
Conforme a testemunha que ligou no número 192, as 21h23, um atendente do sexo masculino negou atendimento à vítima. No decorrer das investigações à Polícia Civil requisitou informações aos responsáveis do Samu, os quais disseram que os aparelhos não estavam gravando no dia dos fatos.
O delegado Pedro Henrique explicou que a perícia criminal realizada hoje teve por objetivo apurar a veracidade das informações, isto é, se os aparelhos estavam funcionando adequadamente no dia 15 de agosto de 2021, às 21h23.
É importante ressaltar que a empresa encarregada de montar os equipamentos e dar manutenção à época dos fatos é particular e tem sede em Palmas. O contrato de compra e prestação de serviço foi realizado no dia 08 de fevereiro de 2021, com prazo de 12 meses, entre a empresa e o município de Palmas. “Porém, por incrível que pareça a empresa alegou que até a data de dezenove de agosto de 2021 os aparelhos não estavam gravando”, ressaltou o delegado Pedro Henrique.
Ainda segundo o delegado, as investigações terão continuidade no sentido de esclarecer todas as circunstâncias da morte da vítima e, se de fato, houve ou não negligência no tocante ao atendimento que deveria ter sido prestado à mulher.