Ocorreu no Hospital de Doenças Tropicais da Universidade Federal do Tocantins (HDT-UFT/Ebserh) na manhã dessa terça-feira, 12, a segunda reunião entre representantes das instituições que compõem a Rede de Atenção à Saúde (RAS) de Araguaína para tratar da elaboração do Plano de Contingência da Monkeypox, mais conhecida por “varíola dos macacos”.
De acordo com o Informe Diário da Situação Nacional da Monkeypox atualizado em 11/07/2022, no Brasil já tem a confirmação de 228 casos, e mais 116 suspeitos. Embora no Tocantins não tenha ainda confirmação da doença, os entes envolvidos estão se adequando à Nota Técnica nº 003/2022 da Anvisa, que recomenda aos serviços de saúde a implementação do Plano, contendo o fluxo e ações estratégicas para o enfrentamento de possíveis casos do agravo, incluindo o gerenciamento dos recursos humanos e materiais.
Participaram do encontro, gestores do Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (Cievs), das Unidades Básicas de Saúde (UBS) Araguaína Sul e Palmeiras do Norte, Secretaria Municipal de Saúde, ISAAC (responsável pela Unidade de Pronto Atendimento, Pronto de Atendimento Infantil e Hospital Municipal), Laboratório de Saúde Pública (Lacen), e Vigilância do Município.
A conclusão do Plano de Contingência está prevista para a próxima reunião, marcada para terça-feira, 19. O HDT-UFT/Ebserh será referência em casos de critério de gravidade e vai assessorar os municípios, além de capacitar os profissionais de toda a RAS sobre o manejo correto da doença, incluindo as UBS, tendo em vista que ficarão responsáveis pelo acompanhamento domiciliar do paciente até a alta do isolamento.
Sobre a Monkeypox
Conforme consta na biblioteca virtual do Ministério da Saúde, a Monkeypox é uma zoonose viral (vírus transmitido aos seres humanos a partir de animais) com sintomas semelhantes aos observados no passado em pacientes com varíola, porém com uma apresentação clínica de menor gravidade, doença transmitida principalmente por meio de contato direto ou indireto com sangue, fluidos corporais, lesões de pele ou mucosa infectados, ou de maneira secundária por contato próximo com secreções respiratórias infectadas.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) descreve quadros diferentes de sintomas para casos suspeitos, prováveis e confirmados. Passa a ser considerado um caso suspeito qualquer pessoa, de qualquer idade, que apresente pústulas (bolhas) na pele de forma aguda e inexplicável e esteja em um país onde a varíola dos macacos não é endêmica. Se este quadro for acompanhado por dor de cabeça, início de febre acima de 38,5°C, linfonodos inchados, dores musculares e no corpo, dor nas costas e fraqueza profunda, é necessário fazer exame para confirmar ou descartar a doença.