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Estado

Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

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Começou nesta segunda-feira, 18, em todo o país, a fase presencial do curso de capacitação dos mais de 180 mil futuros recenseadores convocados pelo IBGE. No Tocantins, serão capacitadas 1.374 pessoas. O treinamento acontece em 120 salas, em 93 municípios do estado. O período de aprendizado terá carga horária de oito horas e durará cinco dias, se encerrando na sexta-feira, 22. A exceção fica para os recenseadores que coletarão dados dos Povos e Comunidades Tradicionais (PCT), como indígenas e quilombolas, que terão mais um dia de capacitação, segunda-feira, 25.

“Nós vamos começar o treinamento dos recenseadores na etapa presencial, mas eles já estão sendo treinados há tempos”, ressaltou a gerente de Treinamentos de Censos, Cynthia Damasceno. “Preparamos um curso em EAD (Ensino a Distância) com conceitos fundamentais do Censo e esse conteúdo caiu na prova do processo seletivo simplificado. Os recenseadores passaram também por uma etapa autoinstrucional com a leitura prévia do Manual do Recenseador e do Manual de Entrevista, disponíveis no site do Censo 2022. Eles já iniciaram o treinamento bem antes de estarem em sala de aula”, acrescentou.

O IBGE utiliza o bem-sucedido treinamento em cascata, também aplicado em operações anteriores, que consiste em treinar pessoas para capacitarem outras pessoas. “É um processo, uma sequência, uma onda. É o método que usamos para, a partir de um grupo de especialistas do IBGE nos temas censitários, capacitar um número cada vez maior, de servidores que atuam como técnicos e multiplicadores, passando pelos coordenadores e técnicos das Unidades Estaduais, pelos coordenadores censitários de subárea (CCS), agentes censitários municipais (ACM) e agentes censitários supervisores (ACS), que são os últimos multiplicadores, responsáveis pela função de instruir os mais de 180 mil recenseadores”, destacou Cynthia.

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Durante o período de capacitação, os futuros recenseadores reforçam o aprendizado sobre os diversos temas relacionados ao Censo e ao IBGE como: setor censitário, percurso e a cobertura; cadastro de endereços e captura de coordenadas; questionários básico e da amostra, e seus respectivos quesitos; ética e integridade no recenseamento; condutas de abordagem do recenseador; atividades práticas e simulações no DMC (dispositivo móvel de coleta).

Para melhor aprendizado, os recenseadores contarão com uma variedade de materiais elaborados pela Coordenação Operacional de Censos (COC). Além dos manuais e mapas impressos, também há produtos nos formatos digitais: manuais, slides, protocolos, dentre outros recursos instrucionais. Contarão ainda com aplicativos diversos, como o aplicativo de treinamento no qual realizam atividades práticas no DMC e a avaliação de aprendizagem e de reação ao final do treinamento. Há também o próprio aplicativo de coleta (com insumos de treinamento), que simula exatamente como é o trabalho do recenseador em campo, e o aplicativo de aulas, utilizado pelos instrutores para passar os conteúdos, contendo todos os slides e vídeos do treinamento que são repassados de forma padronizada em todas as salas de aula.

“Houve uma opção por diminuir a quantidade de materiais impressos e colocar a maior parte deles nos DMCs, nos tablets e laptops”, afirmou o gerente substituto de Treinamentos de Censos, Miguel Montenegro. “Também aproximamos esse treinamento presencial do início da coleta para que o conhecimento que o recenseador acaba de adquirir fique ‘fresco’ na cabeça dele”, complementou.

Prontos para a coleta

A expectativa para a semana de treinamento é positiva e após a avaliação de aprendizagem, os candidatos estarão aptos a cumprir a função de recenseador. “Confio no trabalho realizado por toda a equipe técnica envolvida. Orientamos o acompanhamento dos supervisores no início da coleta em campo, junto com os recenseadores, onde o treinamento se concretiza”, acrescentou Cynthia.

O recenseador tem como principal função entrevistar os moradores durante a coleta. Sua jornada de trabalho mínima deve ser de 25 horas semanais. Como a remuneração é por produção, ela pode variar de acordo com o tempo dedicado ao serviço e o grau de dificuldade na abordagem aos domicílios.