A Coalizão Vozes do Tocantins, que é formada por 10 organizações, esteve presente no II Fórum de Organizações Parceiras do Programa Vozes pela Ação Climática Justa - VAC, que aconteceu entre os dias 26 e 27 de julho em Belém-PA. Quatro membros da coalizão do Tocantins estiveram presentes. Na sequência, participaram do 10° Fórum Social Pan-Amazônico – FOSPA, que seguiu até 31.
A Coalizão Vozes do Tocantins visa ampliar a visibilidade dos povos e comunidades tradicionais na defesa dos seus direitos e na luta por políticas públicas que gerem soluções para a emergência climática.
Em Belém, na roda de conversa sobre Vozes e Visões Amazônidas, Matheus dos Santos e Alan Apinajé, membros da Coalizão, compartilharam suas perspectivas na presença de representantes internacionais. Para Matheus, que também faz parte da Escola Família Agrícola - EFA do Bico do Papagaio, a educação para a sucessão rural deve ser uma prioridade. “Educação de qualidade e voltada para o campo é base para a justiça climática que queremos construir”, relatou.
Já para Alan Apinajé, a prioridade é a água. “Nosso povo Apinajé está triste porque não é só a gente que tá ameaçado, são nossos rios, nossos pássaros. A água seca porque as nascentes estão fora da nossa terra, e estão destruindo elas. Nós cuidamos das águas dentro do território. Por isso queremos demarcar mais terras, pra cuidar da natureza, do cerrado e da Amazônia do Tocantins”, compartilhou.
Vozes do Tocantins
A Coalizão é composta pelas organizações: Associação Kalunga do Mimoso do Tocantins - AKMT, Associação Indígena Pyka Mex (Apinajé), Associação Cultural Kyjre (Krahô), Colônia de Pescadores e Pescadoras de Araguacema, Associação Onça D´Água, Escola Família Agrícola do Bico do Papagaio, Cooperativa de Assistência Técnica Rural – COOPTER, Movimento dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais sem Terra – MST, Universidade Federal do Tocantins - UFT e Instituto Sociedade, População e Natureza - ISPN.
Vozes pela Ação Climática Justa - VAC
O programa Vozes pela Ação Climática atua em sete países do hemisfério sul e tem como objetivo estratégico contribuir para que os diversos grupos e setores da sociedade civil local assumam um papel central como inovadores, facilitadores e defensores das soluções climáticas. O programa é sobre justiça climática, ou seja, a mudança climática não é apenas um problema ambiental a ser abordado, mas também um desafio social com aspectos éticos e de direitos humanos.