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Educação

Foto: Divulgação

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Iniciou nesta terça-feira, 2, no Comando Geral da Polícia Militar do Tocantins (PM-TO), a primeira formação pedagógica promovida pela Secretaria de Estado da Educação (Seduc) específica para policiais que atuam nas escolas militares e cívico-militares da rede estadual de ensino do Tocantins. O treinamento visa promover e impulsionar o trabalho pedagógico nessas unidades, além de acolher os novos militares que foram recentemente integrados às equipes.

Diversos temas serão tratados durante os dois dias de encontro formativo, entre eles a estrutura da coordenação geral das escolas militares do Tocantins, o papel da escola, o professor como agente de transformação, o estudante não é um problema e sim solução, o processo de ensino e aprendizagem, a mente humana na perspectiva da gestão colaborativa e outros.

Participam da formação aproximadamente 80 policiais militares, entre eles cerca de 40 que se encontram na reserva da PM-TO e que foram selecionados recentemente por meio de processo seletivo para atuar em escolas militares e cívico-militares de diversos municípios do Estado. Atualmente, o Tocantins possui 27 colégios militares com 12.600 estudantes matriculados, nove colégios cívico-militares com 5.540 e um colégio bombeiro-militar com aproximadamente 900 alunos.

O secretário da Educação, Fábio Vaz, deu boas-vindas aos novos profissionais que atuarão nas escolas e reiterou a importância do trabalho realizado de forma conjunta pela Seduc e pela PM. “As duas instituições unem forças para que as partes pedagógicas e disciplinar andem juntas. As unidades de ensino em que a PM atua contam com uma filosofia diferente das outras escolas, pois trabalham com foco na disciplina e na hierarquia. Essas formações vão trazer o olhar pedagógico que deve estar presente no trabalho dos policiais militares”, afirmou.

O subchefe de Estado Maior do Tocantins, coronel Marizon Mendes Marques, citou uma pesquisa realizada no estado de Goiás que revelou a diminuição do índice de criminalidade entre crianças, jovens e adolescentes em municípios que contam com escolas militares e cívico-militares. “O processo educacional que envolve a PM e a Seduc é desafiador, mas os resultados positivos estão sendo vistos pela sociedade. Até mesmo aqueles que se afastam das salas de aula, procuramos resgatar com visitas domiciliares e por meio de diálogos com os pais e com esses estudantes", exemplificou.

A segundo-tenente Valderina Campos da Silva está na reserva da PM, em Palmas, há seis anos. A militar revela que possuiu formação em Pedagogia e trabalhou durante 12 anos no Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência (Proerde) e que seu trabalho na corporação sempre foi voltado para a área educacional. “Sei que ainda tenho muito a oferecer. Participei da seleção porque quero continuar trabalhando em prol da sociedade e também é uma oportunidade melhorar o ganho financeiro”, disse.

O subtenente Marcelo Correia também é policial da reserva do Tocantins, no município de Araguaçu. Ele conta que se afastou de suas funções há cerca de um ano, mas que decidiu aproveitar a oportunidade para retornar ao trabalho, porém em outra frente de atuação. “O treinamento que estamos participando é importante para conhecermos como funciona o trabalho de um militar dentro das escolas”, afirmou.