O Tocantins acaba de entrar no período mais duro da sua temporada de estiagem e, devido a isso, a Secretaria de Estado da Saúde (SES-TO) emite um alerta a toda a população com o intuito de redobrar os cuidados, visando assim a manutenção da saúde.
A redução das chuvas traz consigo o agravamento de problemas como a rinite, asma, irritação nos olhos, irritação na pele, nariz e garganta e em alguns casos até mesmo problemas cardíacos e vasculares.
Outro problema comum no período de estiagem são as queimadas, a inalação da fumaça das queimadas e dos incêndios florestais aumenta os riscos de infecções respiratórias agudas, especialmente nas crianças e nos idosos, tornando-os segmentos vulneráveis da população. São sintomas da exposição aguda às queimadas dores de cabeça, irritação/ ardência nos olhos, nariz e garganta, rouquidão, tosse seca, cansaço, dificuldade para respirar, dermatites e ansiedade.
Não bastante os problemas causados pela falta de água, surgem também doenças relativas à baixa qualidade da mesma, as comumente chamadas Doenças de Veiculação Hídrica e Alimentar (DVHA), têm a água e os alimentos como lugar de transmissão.Podendo ser causadas por bactérias, vírus, e parasitas intestinais, as DVHA mais comuns são a Cólera, Febre Tifóide, Botulismo, Rotavírus e Norovírus.
“Os períodos climáticos extremos causam efeitos sobre a saúde humana e podem extrapolar a capacidade de atuação da rotina dos serviços, e da infraestrutura de saúde, bem como diminuir sua capacidade de atendimento, principalmente nos momentos quando esses serviços são mais necessários. Para tanto é importante que a população observe e pratique os cuidados e orientações dados das equipes de vigilância local contribuindo assim no enfrentamento desse cenário de risco”, explica o gerente de Vigilância em Saúde Ambiental, Murilo Ribeiro Brito.
Levando tudo isso em conta, seguem algumas recomendações para atenuar os efeitos do período da estiagem:
• Buscar junto às Secretarias Municipais de Saúde informações e conhecimentos necessários à prevenção e ao controle das doenças de veiculação Hídrica e Alimentar;
• Em caso de recebimento de água por caminhões pipa ficar atento à qualidade da mesma e as condições do veículo e tanque bem como se certificar da origem da água e ainda denunciar caso ocorra situações indesejáveis;
• Caso possuam cisternas procurar ter boas práticas no manuseio da água e nos cuidados relacionados à manutenção das mesmas;
• Ficar atento aos riscos do consumo de água oriunda de fontes impróprias ou incertas;
• Lavar as mãos antes do preparo e consumo de alimentos; antes e após utilizar o banheiro, sempre que necessário;
• Realizar desinfecção de alimentos crus (frutas, legumes e verduras) com Hipoclorito de Sódio a 2,5% (conforme tabela acima), não reutilizando esta água para desinfecção de outros alimentos;
• Lavar e desinfetar todas as superfícies, utensílios e equipamentos usados na preparação de alimentos. (Secom/TO)