Centenas de profissionais da enfermagem entraram em estado de greve de 24 horas e se manifestaram nesta quarta-feira, 21, em frente ao Hospital Geral de Palmas (HGP) em defesa da validade do piso salarial da enfermagem, instituído pela Lei 14.434, em 4 de agosto de 2022. Convocada pelas entidades sindicais do Tocantins para ocorrer em todo o Estado, o ato de greve funciona como uma advertência da categoria para que a lei do piso salarial seja implementada com as devidas garantias das fontes de custeio.
Em Palmas, os manifestantes se concentraram na frente do HGP a partir das 7h e por volta das 10h caminharam pelas ruas até a região onde se concentram os principais hospitais privados da cidade.
O presidente do Sindicato dos Profissionais da Enfermagem do Tocantins (Seet), João Batista, reforçou o papel do poder executivo federal e do Congresso Nacional em viabilizar as fontes para que estados e municípios consigam incluir o piso salarial dos profissionais da enfermagem na folha de pagamento. “A nossa luta é por valorização e respeito. Não adianta saber que os profissionais da enfermagem são importantes, mas não dar condições dignas para que eles possam trabalhar. Por isso queremos a definição das fontes de financiamento do piso e sua implementação definitiva”, afirmou.
O ato também contou com a articulação do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde do Tocantins (Sintras) e do Sindicato dos Enfermeiros do Estado do Tocantins (Seto).
Durante a manifestação em Palmas, a presidente do Conselho Regional de Enfermagem do Tocantins (Coren-TO), Luana Bispo Ribeiro, reforçou a importância da participação responsável ao ato de greve. “O Coren Tocantins orienta que os profissionais mantenham o pleno funcionamento dos serviços de enfermagem nos atendimentos de urgência e emergência e 30% nos demais setores”, recomendou.
Greve Nacional
O estado de greve de 24 horas acontece em todo o país e foi deliberada pelo Fórum Nacional da Enfermagem (FNE) após o ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), suspender liminarmente os efeitos da lei que criou o piso da enfermagem, com o argumento de analisar os impactos da medida nos serviços prestados pelas unidades de saúde e na capacidade orçamentária de estados e municípios. A decisão foi confirmada por maioria do pleno do STF na última quinta-feira, 15.
(Foto: Coren/TO)