Os consumidores quando se dirigem aos bancos em busca de financiamentos, são avaliados pelo seu histórico e capacidade de pagamentos, e relacionamento com as financeiras. Empresas quando selecionam profissionais para ocupar as vagas disponíveis, fazem análise de currículo, entrevistas e as vezes, teste de proficiência, para saber se o Farmacêutico está apto para exercer as funções.
Ocorre que, a maioria dos trabalhadores não avaliam o histórico das empresas que oferecem as vagas. Não avaliam se as empresas são boas pagadores, se tem processos trabalhistas, se tem protestos em cartório, se terão capacidade de efetuar o pagamento dos salários no início de cada mês, ou simplesmente como eram tratados os Farmacêuticos que trabalharam no estabelecimento.
Da mesma forma que os Farmacêuticos são avaliados quando buscam uma vaga de trabalho, as empresas também devem ser avaliadas antes de aceitar o contrato de trabalho para evitar, ou pelo menos amenizar, aborrecimentos futuros.
O Sindicato dos Farmacêuticos do Estado do Tocantins (SINDIFATO) informa que, constantemente, recebe denúncias e queixas de profissionais que não tiveram os seus direitos trabalhistas respeitados, ou que simplesmente foram demitidos e não receberam o pagamento pelos serviços prestados.
Segundo a entidade, são profissionais que são coagidos a acumular funções dentro das empresas, sob pena de demissão. Trabalhadores que não recebem comissões sobre as vendas efetuadas, ou que trabalham em horários muito além do acordado, sem receber horas extras ou adicional noturno.
Ainda segundo o sindicato, a prática de assédio moral e sexual, também ocorre com certa frequência. "Todos são problemas que poderiam ser evitados, ou pelo menos amenizados, se os profissionais adotassem o cuidado de analisar o histórico dos pretensos empregadores. Trata-se de uma prevenção. A mesma que os bancos utilizam para conceder empréstimos, e as empresas para selecionar os 'melhores' currículos", aconselha a entidade.